FAVET realiza o Dia do “Não a Leishimaniose” em Guaiúba

31 de janeiro de 2017 - 19:46 #

Realizado no dia 20 de janeiro, no município de Guaiúba, a sede da Fazenda Experimental de Agropecuária Dr. Esaú Accyoli de Vasconcelos, vinculada à Faculdade de Medicina Veterinária – FAVET, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), acolheu importante projeto, coordenado pela professora Dra. Verônica Campello, denominado Dia do Não a Leishimaniose.

Com o objetivo de sensibilizar os futuros médicos veterinários sobre o papel social de cada um na comunidade na qual estão inseridos, estimulando o exercício da cidadania em sintonia com a realidade coletiva, a FAVET conduziu seus estudantes a prestarem importante serviço à comunidade urbana de Guaiúba, conscientizando-a sobre os perigos acerca da leishmaniose e a importância de sua prevenção.

Além da campanha contra a leishmaniose os estudantes exercitaram atividades ligadas ao afazer do médico veterinário, como: realização do teste de triagem de Leishmaniose, fazendo o devido encaminhamento dos casos positivos, bem como a efetivação de vacinação antirrábica daqueles animais que não foram vacinados durante a Campanha de 2016.

O evento contou com o apoio imprescindível da Prefeitura de Guaiúba, representado pelo Secretário de Saúde do Município, Dr. Josete Malheiro Taveres e pelo Dr. Raimundo Ribeiro Lopes Neto, coordenador de Atenção Básica daquela Secretaria.

Apesar do dia chuvoso, estudantes, professores, parceiros e a comunidade guaiubana não se abateram e forneceram um tom especial a este momento de mobilização. A Praça do Cruzeiro recebeu um colorido todo especial com a presença de centenas de pessoas acompanhadas de seus cães e gatos. A Capela do Santo Cruzeiro abrigou os participantes no momento das palestras proferidas por professores, estudantes e parceiros do projeto.

A ação obteve os seguintes resultados: foram realizados 80 testes DPP, com 04 cães positivos que seguirão para o LACEN para exame Elisa (exame conclusivo); e aplicação de 90 doses de vacina antirrábica animal em cães e gatos que não haviam sido vacinados. A Secretaria de Saúde de Guaiúba manifestou, na oportunidade, o interesse em realizar outras parcerias e já solicitou que a ação seja levada para o distrito de Água Verde, localidade que além de muito populosa é apontada como grande portadora de animais soltos.

Estiveram presentes na atividade, além de professores e servidores da FAVET, a professora Dra.Fátima Maria Leitão Araújo, chefe de Gabinete da Reitoria da UECE, Sérgio Augusto Lima Leitão, prefeito do campus Itaperi, Nélio Morais, Dra. Rosânia Garcia, Dr. Sérgio Franco e Dra. Klessiane Rodrigues, do Centro de Controle de Zoonoeses – SMS /PM, Dras. Marielle Medeiros e Angela Beatriz, da MSD Saúde Animal, o Dr. José Antônio, da AVIPEC, Dra. Roberta de Paula, do NUVET, Dr. Raimundo Ribeiro Lopes Neto, coordenador da Atenção Básica em Saúde, agentes de endemias, assessores e técnicos da SMG/PMG.

O que é Leishmaniose?

Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.