Esclarecimento da Reitoria sobre as Necessidades de Saúde e de Controle de População de Cães e Gatos

15 de janeiro de 2015 - 20:36 #

 

 

Há muito tempo vêm acontecendo, de modo recorrente, grandes debates sobre a presença de cães e gatos abandonados no Campus Itaperi. Os diagnósticos mapeiam sempre os mesmos problemas: 1- Os moradores do entorno nos utilizam como lugar de abandono de animais; 2- A população de animais cresce de modo desordenado; 3- A alimentação oferecida por pessoas generosas é, muitas vezes, de restos de comida colocados diretamente no chão, em qualquer lugar; 4-. Os riscos humanos de contrair zoonoses aumentam; e 5- A convivência de animais com pessoas alérgicas nos ambientes de estudo/pesquisa/trabalho torna-se mais conflituosa.

O Diretor da Faculdade de Veterinária-FAVET, em várias ocasiões, se dispôs a elaborar um projeto que enfrentasse o problema, na sua complexidade, e a partir da perspectiva preventiva e educacional. Os lemas indicam que cuidar não é só alimentar, mas também, por exemplo, vacinar; que alimentar não é só dá restos de comida, mas identificar ilhas para cuidado e provisão de rações adequadas; e que a convivência dos seres humanos com estes animais precisa ser voluntária e consentida, não imposta pelo especial interesse de uns.

O 2º semestre de 2014 foi particularmente tenso neste quesito por um conjunto de queixas que foram formalizadas como manifestações na Ouvidoria da FUNECE e na Ouvidoria Geral do Estado, dando conta de servidores mordidos por cão ou por gato e por visitantes reclamando do mau cheiro. Em dezembro de 2014, em reunião na qual estiveram presentes o Reitor, o Vice-Reitor, a Chefe de Gabinete, os seis Pró-Reitores e a Diretora do DEPES, convidei o Diretor da FAVET para expor seu esboço de projeto, o qual foi aprovado, autorizada sua conclusão e autorizada a elaboração do orçamento para a implantação das ações que demandam recursos financeiros.

Aprovamos as seguintes ações imediatas:

1-       Colocar nos portões de acesso ao Campus Itaperi placas com a informação da legislação que tipifica o abandono de animais como crime;

2-       Determinar que não se acolha e alimente cães e gatos dentro dos ambientes de estudo/pesquisa/trabalho, para prevenir zoonoses, prevenir conflitos de interesse e preservar o foco do ambiente;

3-       Implantar ilhas de arraçoamento, por todo o Campus, em lugares estratégicos, para acolhimento e alimentação com ração adequada;

4-       Criar programa de educação em saúde animal, para a comunidade ueceana e para a comunidade externa;

5-       Criar programa de vacinação, de castração e de cuidados clínicos;

6-       Constituir comissão, com coordenação indicada pela FAVET e representantes vários, inclusive de associações protetoras de animais, para o monitoramento do conjunto das atividades.

A ação da Reitoria é responsável, cuidadosa, supervisionada pelos técnicos da área e visa equacionar um problema complexo, que afeta múltiplas visões de mundo, de proteção ambiental e de manejo de populações animais em convívio com seres humanos, em ambientes de trabalho, no caso, num Campus universitário muito grande e aberto (104 hectares), como o Itaperi.

Estamos disponíveis para o diálogo e para a apreciação de todas as colaborações que visem o aperfeiçoamento desse projeto. Após a indicação, pela FAVET, dos nomes de coordenador e vice-coordenador, daremos posse à referida comissão.