Equipe da Uece realiza visita as falésias atingidas pelo óleo na praia de Pontal de Maceió

7 de novembro de 2019 - 13:21

Equipe do Núcleo de Estudos Ambientais (NEA), da Universidade Estadual do Ceará (Uece), esteve em visita, na última segunda-feira,4, à cidade de Fortim para avaliar in loco a chegada de novas manchas de óleo à praia Pontal de Maceió. O NEA colabora em ações de avaliação e monitoramento dos danos provocados pelo derramamento de óleo nas praias do Nordeste. A equipe e as ações do NEA na crise estão sendo coordenada pelo Professor Carlucio Roberto Alves e a doutoranda Ana Lúcia Eufrázio Romão (do PPGCN); a discente é especialista em engenharia de petróleo e gás.

Os coordenadores das ações da equipe, Ana Eufrázio e Carlucio Alves, se dirigiram a área atingida pelo óleo para observar a dimensão da área oleada, as formas de incrustação e penetração do óleo na rocha, a dispersão e propagação do óleo ao longo das falésias.

A visita de campo foi acompanhada de perto pela assessoria de comunicação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação MCTIC, Carlos Antunes Silva (coordenador-geral de comunicação social do MCTIC), Goodjero Rennex (Fotográfo e cinegrafista) e pelo professor Aristides Pavani Filho, assessor especial do Ministro Marcos Pontes (MCTIC).

Os pesquisadores encontraram trabalhando manualmente na remoção do óleo, voluntários, funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Marinha Brasileira. De acordo com Ana Eufrázio e Carlúcio Roberto Alves, os danos provocados pela contaminação são severos e a limpeza mecânica, da forma como vem sendo realizada deverá ser bastante demorada. As falésias estão bastante manchadas de óleo. Mesmo nas porções mais altas das formações há pingos incrustados na rocha. Os pesquisadores ressaltam que a beleza do local, formados por grutas e uma ampla faixa de praia, contrasta com a presença de muitas manchas de óleo nas paredes das falésias.

Além das observações locais a equipe coletou amostras das manchas de óleo e de rocha encrustada com petróleo. O material coletado será utilizado nas análises de eficiência dos remediadores e biorremediadores que estão sendo apresentados como materiais promissores na remediação da contaminação. A esperança da equipe do NEA é identificar material com maior eficiência de remoção das manchas sem, contudo, apresentar toxicidade para o conjunto de organismo local e com menor potencial de danos ás rochas.