Equipe da Uece é premiada em II Hackathon do Conhecimento

30 de novembro de 2018 - 20:22

 

 

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A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece) realizou no período de 21 a 24 de novembro, a II Feira do Conhecimento. Como parte da programação ocorreu a segunda edição do Hackathon do Conhecimento, que teve como tema “Ciência para a Redução das Desigualdades”.

O Hackathon consiste em uma maratona de programação na qual os participantes se reúnem para discutir ideias, desvendar códigos e desenvolver projetos de software e hardware com o objetivo de criar e desenvolver aplicativos.

A equipe da Uece foi, inicialmente, selecionada entre as dez com melhores propostas. Na etapa final da maratona, avaliada por uma banca de jurados formada por empresários e especialistas em negócios, a solução apresentada pela Uece foi escolhida entre as três melhores.

Formada pelo professor do curso de Ciência da Computação, Jerffeson Teixeira de Souza, e por seus orientandos de graduação, de mestrado e de doutorado, Pâmella Soares, Raphael Saraiva e Allysson Araújo, respectivamente, a equipe apresentou o projeto de criar um ecossistema econômico baseado em uma moeda virtual própria para fortalecer programas de microfinanciamento.

A solução visa o programa Crediamigo, do Banco do Nordeste, que é descrito pelo ofertante como o maior Programa de Microcrédito Produtivo Orientado da América do Sul, facilitando o acesso ao crédito a milhares de empreendedores pertencentes aos setores informal ou formal da economia.

“Enquanto o Crediamigo oferece empréstimo para esses empreendedores, nossa proposta é uma moeda virtual, uma criptomoeda, implementada em cima de blockchain, para criar um ecossistema econômico entre os participantes”, explica Jerffeson Souza.

Segundo o docente, o projeto envolve a moeda, um aplicativo para celular, que é a carteira virtual, onde o empreendedor vai fazer a gestão das suas moedas virtuais, e o marketplace, em que os participantes do Crediamigo poderão expor seus produtos e serviços, que poderão ser adquiridos com criptomoedas por outros integrantes.

“A ideia é que a instituição financeira distribua as criptomoedas a partir do cumprimento de metas, e ele [o participante] pode usar essa moeda de várias formas, como comprando produtos e serviços de outros microempreendedores do Crediamigo, retornando ao banco como algum benefício, por exemplo: redução de taxas de juros ou aumento no valor de um empréstimo”, destaca o orientador da equipe.

A moeda poderá ainda ser usada junto a algumas instituições, que é um terceiro elemento de parceria, como Sebrae, Senac e Senai. “A ideia é que eles ofereçam cursos focados em empreendedorismo para profissionalizar esses participantes do Crediamigo”, adianta Jerffeson.

A equipe, que conquistou a terceira colocação no evento, tem como próximo passo a apresentação da proposta ao Banco do Nordeste, para que possa ser aplicado e cada vez mais aprimorado.