Eles querem ser diplomatas e estão prontos para o desafio

5 de junho de 2015 - 17:50

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Plateia na aula inaugural do Curso à Carreira de Diplomata, oferecido pela Uece

Um curso preparatório para o exame do Instituto Rio Branco, instituição que forma profissionais para a carreira diplomática e ligado ao Ministério das Relações Exteriores, custa mais de mil reais por mês. Este valor foi informado por Aristênia Márcia Freitas Ponte, aluna do terceiro semestre Letras/Inglês, da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Aristênia, que está em casa toda pintadinha de vermelho por causa da dengue, é um dos 70 jovens inscritos no I Curso Preparatório à Carreira de Diplomata, oferecido gratuitamente pela Uece, por intermédio das Pró-Reitorias de Extensão (Proex) e de Políticas Estudantis (Prae), presente à aula inaugural do Curso, quarta-feira, dia 3 de junho.

Bolsista da Prae, a aluna de Letras afirma que nunca tinha pensado em perseguir carreira na diplomacia, por falta de preparação e por parecer um sonho muito distante. Aristênia tem agora uma nova trajetória de vida, que ela considera como “um desafio”. E desafio ela enfrenta. Antes de entrar na Uece, ela estudou em uma faculdade particular. No Campus Fátima, ela viu que as coisas iam ser diferentes. A Uece exige muito do aluno, desde o primeiro semestre, dentro e fora da sala de aula.”

Aluna do terceiro semestre de Serviço Social, Meryen Andrade, de 19 anos, inscreveu-se no curso preparatório porque acredita “que será uma boa experiência”. Ela disse que já tinha ouvido falar sobre o Instituto Rio Branco, que forma diplomatas. “Quando começaram a divulgar a notícia de que as inscrições estavam abertas, fui pesquisar, achei interessante e resolvi tentar”, diz a estudante, que matriculou-se logo no segundo dia para garantir sua vaga.

“Vai ser muito enriquecedor pra mim. Algumas coisas deste curso têm a ver com Serviço Social, a começar pela própria aula inaugural”, disse Meryen, que é também bolsista da Prae. Seu ganho também será na área de línguas estrangeiras, visto que o exame do Instituto Rio Branco requer conhecimento de Inglês, Espanhol e Francês – ela fez um curso básico de Língua Espanhola.

Quem também cursa o terceiro semestre, só que do curso de Ciências Sociais, é Rodrigo Holanda Barbosa. “Sempre militei nos movimentos sociais e sonhava com a carreira de diplomata, mas para quem mora na periferia é muito difícil”, revela Rodrigo, que mora no Conjunto José Valter.

Ele sonhava em receber uma bolsa para poder estudar para se preparar para o exame do Instituto Rio Branco. Sonho que tem base na realidade. Só que de um amigo dele, que ganhou uma bolsa de um ano, que, ele não sabe ao certo, mas acredita que é concedida pela própria instituição que forma diplomatas, na base de cotas para negros.

Rodrigo também é bolsista da Prae e sabe que o curso preparatório vai requerer muito dele, principalmente pela questão de saber idiomas estrangeiros. Mas ele mostra-se preparado: “Já foi uma luta entrar na universidade e mesmo que não consiga passar no exame todo o conhecimento que vou adquirir no curso vai ajudar na minha carreira”.

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