Curso de Medicina da Uece completa 14 anos

23 de setembro de 2016 - 20:06

 

A Universidade Estadual do Ceará (Uece) comemora hoje, dia 23 de setembro, o 14º ano de existência de seu curso de Medicina. Criado de acordo com a Resolução nº 377 – do Conselho Universitário (Consu/Uece), o primeiro Vestibular aconteceu em 2003, com oferta de 40 vagas e concorrência de 63,3.

O curso de Medicina da Uece continua com grande concorrência, sendo ele uma das opções mais procuradas pelos candidatos. No Vestibular 2016.1 foram ofertadas 30 vagas para 4.292 inscritos. Atualmente a Uece possui 229 alunos matriculados e já formou 350 médicos. Um desses profissionais é João Brainer Clares de Andrade que, ainda na universidade, descreveu em crônica publicada no livro “Medicina na Uece”, as sensações de um dia ter alcançado o almejado sonho de passar no Vestibular para o curso de Medicina:

 

VESTIBULAR: porta de saída

Não sei se a crônica que escrevo terá alcance sobre uma densa massa de leitores… Entretanto, as mudanças de fases da vida são um tema recorrente e comum a qualquer ser vivente. Portanto, por mais que o vestibular para ingresso em alguma universidade não mais apresente significado em sua vida ou na de seus familiares mais próximos, tome o exemplo que darei como universal e que descreve as importantes decisões que tomamos nos rumos da vida.

O tempo me foi ágil e bondoso e me ofereceu a chance de ver esse último vestibular com olhos de mero expectador; diferente dos olhos ansiosos com que via o vestibular que me serviu de porta de entrada para o curso que hoje faço, o de Medicina na Universidade Estadual do Ceará.

Por mais distante que me tenha sido, o último vestibular, em especial o da UECE, trouxe-me uma série de expectativas, sendo a mais relevante delas a de conhecer os futuros membros calouros do meu curso. Ao ver o resultado final, fui tomado por uma nostalgia tamanha, pois no exato dia 30 de janeiro de 2008 estava, tal qual estive dia 26 de janeiro de 2009, em meu computador lendo uma preenchida lista de recém-aprovados.

Confesso, portanto, que senti parecido sentimento: uma felicidade por ver a conquista daqueles que, assim como fiz em 2007, dedicaram um ano inteiro a um único ideal, o de ser médico. Tomando como exemplo o curso de Medicina da UECE, os recém-ingressos, os bichos, passaram por um incrível crivo com uma concorrência de quase 68 candidatos por vaga, uma histórica concorrência cearense.

O que digo, no entanto, é que a vitória da aprovação em um vestibular, seja ele concorrido ou não, é a prova de que damos um importante passo na vida. Afinal, um simples clique na ficha de inscrição é suficiente para marcar nosso futuro. Trata-se, portanto, de uma porta de saída de nossos dias delimitados pelo pueril conhecimento de ensino médio e de estudante regrado por milhares de provões simulados regados por uma concorrência quase que selvagem.

Não me proponho sequer a tentar descrever a emoção que é ver seu nome em uma relação de futuros universitários… Descrevo apenas a responsabilidade que se tem após uma aprovação no vestibular: fechar as portas do conhecimento incontestável, abrindo e traçando os mais longos caminhos rumo ao ensino universitário de qualidade, à pesquisa científica socialmente responsável e à extensão de seus conhecimentos para a melhoria da vida de uma população carente…