Beata, uma santa que não sorri é título de documentário de professor da UECE

30 de outubro de 2014 - 12:56

alt

Com pesquisa e direção do professor Ewelter Rocha, do curso de Música da Universidade Estadual do Ceará (UECE), o documentário “Beata, uma santa que não sorri” fará sua estreia no dia 4 de novembro, na Universidade de São Paulo (USP), durante o Encontro Internacional de Antropologia Visual (EIAV) e será exibido também como parte da programação cultural da XIX Semana Universitária da UECE, que acontecerá de 25 a 29 de novembro.

Com duração de 30 minutos, o filme registra o processo de elaboração de um corpo de beata pelos artistas de Juazeiro do Norte. “Na condição de etnógrafos nativos”, explica o professor, “vários artistas foram convidados a retratar na sua obra as particularidades fisionômicas de uma beata, através de esculturas, peças de barro e xilogravuras”.

Segundo Ewelter, a trilha musical foi elaborada usando rabecas rústicas construídas com cabaças, encomendadas na intenção de evocar o timbre das vozes dessas mulheres, quando, silenciosamente, entoam antigos benditos de penitência.

“Beata, uma santa que não sorri” é resultado da pesquisa vencedora do Prêmio Sílvio Romero, edição 2013, promovido pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, pesquisa que também foi contemplada com o Prêmio Funarte de Música Brasileira.

Além da estreia de seu filme, o professor do curso de Música da UECE também assina a exposição fotográfica “Dois Silêncios” e realiza uma palestra que leva o mesmo nome do seu filme, na mesa temática “Antropologia e Arte”, dentro da programação do Encontro Internacional de Antropologia Visual.

O professor assina também a edição, trilhas original e eletroacústica, desenho de som, paisagem sonora, autoria e declamação de cordel, além de ter feito as imagens do documentário.

Ewelter Rocha é professor do curso de Música da Universidade Estadual do Ceará (UECE), mestre em Etnomusicologia (UFBA) e doutor em Antropologia Social (USP). Desenvolve pesquisas abordando a estética do sagrado e as performances musicais relativas ao catolicismo popular nordestino, procurando relacionar sonoridades (música, paisagem sonora e fala), corpo (fisionomia, postura e indumentária) e iconografia religiosa (altares caseiros, retratos e objetos).

Saiba mais sobre o Encontro clicando aqui.