Ação para combate ao mosquito Aedes aegypti é realizada no campus Itaperi

13 de maio de 2022 - 15:15 # # # # # # # #

 

Desde o início de 2022, as arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti vêm aumentando no Ceará. Para combater essas doenças, é importante a conscientização de todos. Foi com esse intuito que os estudantes da disciplina de Doenças Parasitárias, do 6º semestre de Medicina Veterinária da Uece, sob orientação da professora Verônica Campello, realizaram nesta sexta-feira (13) o Dia de combate ao mosquito Aedes aegypti.

“É o papel cidadão que cada um deve ter em mente, o de eliminar a presença do mosquito para evitar as doenças que ele transmite”, destacou a professora Verônica Campello.

Os estudantes fizeram abordagem educativa com o objetivo de sensibilizar os usuários do campus sobre o Aedes aegypti, mostrando e explicando as fases de vida do mosquito e o perigo que ele representa. Na ocasião, juntamente com agentes de endemias, os alunos identificaram e coletaram focos do mosquito pelo campus. O grupo também distribuiu informativos.

Ainda nesta sexta-feira, no turno da tarde, os agentes de endemias participantes da ação, realizam o combate ao mosquito adulto, com uso do carro fumacê (UBV) e outros métodos, visando a eliminação de potenciais criadouros do mosquito nos pontos de maior vulnerabilidade detectados no campus.

A ação contou com apoio da Pró-reitoria de Administração da Uece, da Prefeitura do campus Itaperi, da Faculdade de Veterinária (Favet) e das Secretarias da Saúde do Estado e do Município (DTE IV).

Saiba mais

O mosquito Aedes aegypti, desde o começo do século XX, é considerado um grande problema de Saúde Pública. Além do seu papel como transmissor da febre amarela urbana, ele é o vetor primário dos vírus da dengue, Zika e Chikungunya. A febre amarela tem vacina, mas as arboviroses (dengue, Zika e Chikungunya) têm como principal meio de prevenção o controle vetorial (integração de diferentes estratégias de controle compatíveis e eficazes, considerando as tecnologias disponíveis e as características regionais, como métodos para tentar reduzir a infestação dos mosquitos e a incidência das doenças transmitidas por eles).

No cenário da prevenção, o médico veterinário pode coordenar equipes e atuar nos programas de controle desse mosquito nos âmbitos federal, estadual e municipal. Esse profissional tem papel na identificação biológica das formas, no monitoramento do mosquito, no planejamento, assim como nas orientações e estratégias de controle. O médico veterinário pode também fazer pesquisas visando o controle populacional desse inseto, bem como desenvolver estratégias de interrupção da transmissão das doenças veiculadas por ele.

Os problemas hídricos enfrentados, há anos, pela população também é um agravante, pois, muitas vezes tem como consequência o armazenamento inadequado de água, pelas famílias, em vários tipos de recipientes (baldes, bacias, cisternas, caixas d’água, vasilhames diversos…), tornando esses depósitos potenciais criadouros do mosquito, o que aumenta a densidade vetorial, a dispersão deles, o que gera mais exposição da população a esse vetor e consequentemente mais chances de adoecerem das viroses veiculadas por ele.