Aberto Simpósio Internacional na Uece

20 de agosto de 2015 - 11:41

Teve início na manhã desta quarta-feira, 19, no Auditório Central, no Campus do Itaperi, o “Simpósio Internacional Nação, Literatura e Experiências Transcontinentais”, organizado pelo Observatório das Nacionalidades (ON) da Universidade Estadual do Ceará (Uece).

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Na abertura do evento o reitor da Uece, professor Jackson Sampaio, deu as boas-vindas ao conferencista convidado, Benedict Anderson, da Universidade de Cornell, e aos debatedores Marco Antonio Pamplona (PUC-Rio) e Luís Cláudio Villafañe (Itamaraty / Pesquisador do ON), além de compartilhar com o público suas experiências transcontinentais.

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Benedict Anderson falou sobre a importância da linguagem e confessou que, apesar de não saber escrever romances, adora lê-los. Aconselhou a todos, especialmente aos estudantes, que leiam, pois assim se aprende muito e através da língua se entende o mundo. Os incentivou a escrever, mesmo que de alguma forma sintam-se oprimidos. Usem o sarcasmo se quiserem. Provoquem! Não deixem de provocar ou de serem engraçados, disse Anderson.

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Ainda pela manhã, logo após a conferência, foi realizado o lançamento do livro “Sob três bandeiras: anarquismo e imaginação anticolonial”, de autoria do conferencista. A publicação é resultado da parceria da Editora da Uece (EdUECE) e da Editora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O trabalho analisa as complexas interações entre política e cultura no final do século XIX, tendo como pano de fundo o movimento anarquista. O autor debate como as insurreições nacionalistas em Cuba (1895) e nas Filipinas (1896) revelam, além dos laços entre militantes de vários continentes, os processos que possibilitaram a emergência de uma coordenação transglobal das lutas anticoloniais.

O evento continuará até esta quinta-feira, 20, a partir das 9h, no Auditório do prédio da Pós-Graduação em Educação (PPGE), com a participação de Benedict Anderson, Estebán Vernik, da Universidade de Buenos Aires, Luís Cláudio Villafañe, Marco Antonio Pamplona e Manoel Domingos, pesquisador do ON.