A história e o impacto da interiorização do ensino superior

26 de novembro de 2014 - 18:04

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A interiorização do ensino superior no Ceará passou por três fases distintas. Assim o reitor da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Jackson Sampaio, abriu sua fala na mesa-redonda sobre o tema da XIX Semana Universitária da UECE, “Interiorizar Para Compartilhar: A Universidade e o Desenvolvimento Regional”, em solenidade realizada terça-feira pela manhã, no Auditório Central, no Campus do Itaperi. Depois do reitor, a pró-reitora adjunta de Graduação da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), professora Adriana Campani.

O reitor da UECE fez um passeio histórico sobre o tema da XIX Semana Universitária. O processo de interiorização dos cursos de ensino superior público no Estado teve na década de 70, poriniciativa pioneira de algumas dioceses e prefeituras, com a criação de faculdades, como foi o caso de Sobral, Limoeiro do Norte e Crato. Nos anos 80, teve continuidade com a criação dos campi da UECE em Quixadá, Iguatu, Crateús e Itapipoca. Na década de 90, foi fundada o campus de Tauá.

“Parou aí a interiorização”, disse o reitor. Somente a partir do segundo mandato do presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 2008, é que o processo de descentralização do ensino superior público voltaria a acontecer, com a chegada das universidades federais, além da implantação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), de ensino a distância.

Atualmente, 40 muncípios cearenses têm instituições de ensino superior públicas e há 40 polos de Ensino a Distância (EaD). São mais de 60 cursos, dos quais cerca de 16 são bacharelados . A UECE está presente oito, com unidades acadêmicas em Crateús, Iguatu, Itapipoca, Limoeiro do Norte, Quixadá e Tauá, um campu de educação ecológica em Pacoti e uma fazenda experimental em Guaiuba.

“A chegada dos cursos de ensino superior no interior causou um grande impacto, mudando o cenário intelectual, social e econômico das regiões”, disse o reitor. Segundo ele, exemplo maior é o de Crateús, cujo plano diretor dividiu o município em um vértice que permitirá o desenvolvimento da vocação de cidade universitária.

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A pró-reitora adjunto de Graduação da UVA iniciou sua palestra afirmando que as universidades estaduais devem considerar as regionalidades no processo de construção, implantação, avaliação e regulação dos cursos de graduação, da pesquisa e da extensão.

Em uma abordagem mais sociológica, a interiorização do ensino superior promover uma relação intercultural, novas sociabilidades, a ecologia e reconfiguração de saberes e a produção de novas racionalidades.

A área de influência da UVA, segundo a professora Adriana, cobre nove microrregiões, englobando 53 municípios, que juntos têm uma população de 1.4 milhão de habitantes, dos quais 58,25% estão na zona urbana e 41,75% na zona rural.

A Universidade Estadual do Vale do Acaraú tem 25 cursos de graduação, dos quais 12 são licenciaturas, 12 de bacharelado e um técnico, nos quais estão matriculados 10.420 alunos e um corpo docente formado 427 professores, entre substitutos e efetivos.

A XIX Semana Universitária da UECE teve início terça-feira, dia 25, e encerra sexta-feira, dia 28, e acontece no Campus do Itaperi.

Confira a apresentação da pró-reitora de Graduação da UVA