Simpósio Internacional: Em Fortaleza, pesquisadores se reúnem para debater identidades nacionais.
23 de agosto de 2015 - 22:08
23 de agosto, 2015
Estebán Vernik, Benedict Anderson, Monica Martins, Luís Cláudio Villafaañe e Marco Antonio Pamplona na conferência de abertura do I Simpósio Internacional “Nação, Literatura e Experiências Transcontinentais”.
Nos dias 19 e 20 de agosto, pesquisadores de diversas áreas do conhecimento se reuniram na Universidade Estadual do Ceará para debater a influência da literatura e de diversos outros elementos na formação das identidades nacionais, em especial nos casos brasileiro e argentino, no I Simpósio Internacional “Nação, Literatura e Experiências Transcontinentais”.
O Simpósio Internacional, organizado pelo Observatório das Nacionalidades, sob coordenação da professora Mônica Dias Martins, contou com a presença dos pesquisadores Marco Antonio Pamplona (PUC-RJ), coordenador do grupo de pesquisa Nações e Nacionalismos nas Américas e organizador da Coleção Margens – América Latina, sendo um dos responsáveis pela série “Revoluções de Independências e Nacionalismos nas Américas”; Estebán Vernik (Universidade de Buenos Aires), estudioso de assuntos relativos à formação da entidade nacional, e cuja presença permitiu estabelecer um comparativo entre os mitos formadores das identidades nacionais argentina e brasileira; Luís Cláudio Villafañe (Observatório das Nacionalidades) permitiu que se mergulhasse nos diversos momentos da formação da identidade nacional brasileira; e Manuel Domingos Neto, cujas pesquisas são dedicadas especialmente à construção das nacionalidades e do Estado-nação, às organizações militares e à política internacional, seu livro mais recente se intitula “Arte para a nacionalidade brasileira”, alimentou ainda mais o debate com sua participação.
Benedict Anderson e Monica Martins, coordenadora do Observatório das Nacionalidades
Benedict Anderson (Universidade de Cornell), autor do livro “Comunidades Imaginadas”, realizou conferência de abertura do evento, que contou com a participação do reitor Jackson Sampaio, e, logo em seguida, procedeu ao lançamento de seu mais recente livro, “Sob Três Bandeiras – anarquismo e imaginação anticolonial”, editado em parceria entre a editora da UECE (EdUECE) e a editora da Unicamp. Na obra, Anderson analisa as complexas interações entre política e cultura no final do século XIX, tendo como pano de fundo o movimento anarquista. Em “Sob três bandeiras”, as insurreições nacionalistas em Cuba (1895) e nas Filipinas (1896) revelam, além dos laços entre militantes de vários continentes, os processos que possibilitaram a emergência de uma coordenação transglobal das lutas anticoloniais.
Luís Cláudio Villafañe, Marco Antonio Pamplona, Manuel Domingos, Benedict Anderson e Estebán Vernik, em roda de conversa realizada no dia 20 de agosto.
A roda de conversa realizada na manhã do dia 20 reuniu pesquisadores e estudiosos de Ciência Política, Relações Internacionais, Estudos Estratégicos, Sociologia, Antropologia, Literatura, História, Geografia, Educação, Psicologia, Administração, Direito, Filosofia e Economia, dentre outras áreas do conhecimento.