Divulgação de evento da ABRALIN com a participação do Prof. Marco Bonfim
22 de dezembro de 2020 - 16:15
O Mestrado Interdisciplinar em História e Letras – MIHL divulga que o Prof. Marco Bonfim (MAIE – MIHL/ UECE/ Harvard University)está participando do evento da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) no YouTube, e no dia 23 de dezembro, às 19h no canal da (ABRALIN), ele irá proferir a conferência O ANTIRRACISMO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM.
Mais informações abaixo:
Este evento faz parte da série Abralin ao Vivo, que tem por objetivo dar acesso livre e gratuito a estudantes, pesquisadores e demais interessados em diferentes aspectos da investigação em linguística a discussões e apresentações sobre os mais diversos temas relacionados ao estudo da linguagem humana. Teremos no dia 23 de dezembro, às 19hÂÂ no canal da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) no YouTube, o Prof. Dr.ÂÂ Marco Bonfim (MAIE – MIHL/ UECE/ HarvardÂÂ University), que irá proferir a conferência O ANTIRRACISMO NOS ESTUDOS DA LINGUAGEM. Segue resumo:
No campo dos Estudos da Linguagem, em nosso país, existem algumas pesquisas (MAGALHÃES, 2004; MARTINS, 2004; MELO, 2019; LANTHAM, 2006, FERREIRA, 2015, MUNIZ, 2016, NASCIMENTO, 2019, 2020; e SOUZA, 2020) entre outras/os) que mobilizam as categorias linguagem, identidade e raça de maneira imbricada. No campo da Linguística Aplicada, temos tido cada vez mais uma virada descolonial (BONFIM, 2016) que tem buscado “alternativas, sem os purismos ou fundamentalismos característicos da colonialidade, para a construção de descolonialidades na compreensão do mundo e da vida social” (GUIMARÃES; VESZ, 2019, p. 7-8). Nesse sentido, argumentarei nesta conferência que 1) nossas práticas linguísticas são racializadas; 2) a linguagem não pode prescindir de ser analisada em sua articulação com os processos coloniais e com as formas de subjetivação que participa(r)am da construção de corpos, identidades raciais e generificadas ao longo do sistema-mundo-patriarcal-capitalista-colonial-moderno (GROSFOGUEL, 2010); 3) linguistas (aplicadas/os) lidas/os como sujeitos brancos/as devem assumir os efeitos de sua branquitude tanto em sua prática de pesquisa e ensino no campo dos Estudos da Linguagem como no cotidiano, sob pena de (re)produzirem o racismo epistêmico.
No campo dos Estudos da Linguagem, em nosso país, existem algumas pesquisas (MAGALHÃES, 2004; MARTINS, 2004; MELO, 2019; LANTHAM, 2006, FERREIRA, 2015, MUNIZ, 2016, NASCIMENTO, 2019, 2020; e SOUZA, 2020) entre outras/os) que mobilizam as categorias linguagem, identidade e raça de maneira imbricada. No campo da Linguística Aplicada, temos tido cada vez mais uma virada descolonial (BONFIM, 2016) que tem buscado “alternativas, sem os purismos ou fundamentalismos característicos da colonialidade, para a construção de descolonialidades na compreensão do mundo e da vida social” (GUIMARÃES; VESZ, 2019, p. 7-8). Nesse sentido, argumentarei nesta conferência que 1) nossas práticas linguísticas são racializadas; 2) a linguagem não pode prescindir de ser analisada em sua articulação com os processos coloniais e com as formas de subjetivação que participa(r)am da construção de corpos, identidades raciais e generificadas ao longo do sistema-mundo-patriarcal-capitalista-colonial-moderno (GROSFOGUEL, 2010); 3) linguistas (aplicadas/os) lidas/os como sujeitos brancos/as devem assumir os efeitos de sua branquitude tanto em sua prática de pesquisa e ensino no campo dos Estudos da Linguagem como no cotidiano, sob pena de (re)produzirem o racismo epistêmico.
Segue cartaz de divulgação:
