Mais de 600 contratos entre grandes empresas e startups foram firmados nos últimos dois anos

5 de outubro de 2017 - 20:02 #

Realizada pelo Movimento 100 Open Startups, pesquisa analisou todos os programas de inovação aberta das corporações

altGrandes empresas estão buscando cada vez mais startups para serem suas fornecedoras e o número de companhias com programas formais atingiu 135 contratos, superando os fundos de Venture Capital, por exemplo. Esses dados são parte do estudo exclusivo realizado pelo movimento 100 Open Startups para identificar os principais tipos de relacionamentos existentes e o quanto isso representa em novos negócios.

Denominado “Como grandes empresas e startups se relacionam”, o levantamento mapeou os programas mais relevantes do mercado, além de analisar os dados utilizados para a elaboração do ranking do programa 100 Open Startups. Para chegar ao resultado, foram contemplados 613 contratos reportados por 84 empresas iniciantes, relacionando-se com 110 organizações, além de 154 programas formais de relacionamento entre corporações e startups, realizados por 130 companhias no Brasil, ativos entre julho de 2015 e julho de 2017.

“Fizemos um mapeamento dos principais tipos, modelos e programas de relacionamento entre essas empresas e os categorizamos de forma a evidenciar como o mercado vem se organizando no país e quais padrões vêm sendo estabelecidos com maior intensidade. O excelente resultado, por incrível que pareça, deve-se à crise econômica, que acabou unindo nosso ecossistema, que vem atraindo bancos e governos”, explica Bruno Rondani, CEO e fundador do 100 Open Startups. Segundo o executivo, o objetivo é, a partir desta análise, apresentar um modelo de referência para que direcionem e otimizem seus esforços nesta nova e promissora atividade.

Como resultado dessas interações e das formalizações de contratos, foram identificados 16 tipos de relacionamentos, os quais foram divididos em 4 grupos, explicando o que são e como podem ser aplicados:

Relacionamentos de Posicionamento (Grupo A): Formas como as organizações interagem com comunidades ou grupos de startups sem compromisso direto com seu negócio ou com o negócio das iniciantes. Nesta categoria, as companhias priorizam o fomento e reconhecimento das oportunidades geradas pelas startups em troca da informação sobre os seus projetos e suas iniciativas, podendo levar a outros níveis de interação.

Relacionamentos de Plataforma e Parcerias (Grupo B): Modelos nos quais as empresas se abrem para que as iniciantes possam utilizar seus recursos, facilitando o desenvolvimento destas no modelo de parcerias ou, preferencialmente, como plataforma para startups.

Relacionamentos de Desenvolvimento de Fornecedores (Grupo C): Composto pelas modalidades de interação com startups que visam criar novos fornecedores inovadores, seja por atividades conjuntas de P&D, onde empresas oferecem recursos para equipes de iniciantes desenvolverem novos produtos que possam ser adquiridos ou utilizados pela grande empresa, ou quando a startup detém alguma tecnologia de interesse da grande empresa para utilização em seus próprios produtos ou processos produtivos internos.

Relacionamentos de Investimento em Equity (Grupo D): Trata-se do modelo mais profundo entre startups e empresas: quando a grande empresa se torna sócia da startup, entretanto, o nível de participação e controle da grande empresa pode variar consideravelmente.

Fonte: Oliver Press