Estação de monitoramento da FECLI estuda queda de meteorito em Icó.
Estação de monitoramento da FECLI estuda queda de meteorito em Icó. O meteoro avistado em Icó foi o quinto registrado no Ceará. O objeto espacial que perfurou a atmosfera terrestre sobre o Ceará na noite da ùltima quarta-feira, 20, foi o mais comentado em mais de um século. O curso de Licenciatura Plena em Física da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI, campus interiorano da UECE, está estudando o fenômeno.
Alunos e professores do curso acadêmico têm instalado no Laboratório de Ensino e Estudos em Astronomia – LEEA um equipamento de observação astronômica chamada de Estação de Monitoramento de Meteoros. A instalação e funcionalidade da estaçõa de monitoramento fazem parte de uma das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Estudo em Astronomia Zênite – GEAZ do curso de Física, sob coordenação do prof. Me. Leonardo Tavares de Oliveira (também coordenador do curso de Fìsica).

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O meteoro entrou na atmosfera por volta das 23h 10m, sobre Jaguaretama, a 247 km de Fortaleza, e se extinguiu em Icó, a 361 km. O relato mais antigo de ocorrência do tipo pelo cearenses data de 1909, segundo o livro “Breve histórico dos meteoritos brasileiros”, de Maria Elizabeth Zucolotto.
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O bloco rochoso entrou na atmosfera terrestre com velocidade de 17.66 km/s, e percorreu 117,1 km em oito segundos, conforme Bramon. Moradores dos municípios de Jaguaretama, Icó, Iguatu e Orós afirmam ter visto o momento e relatam ter ouvido o barulho de explosão.
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As redes de monitoramento existem em vários países, conforme o professor, e são capazes de obter dados sobre os meteoros que, consequentemente, podem afetar a Terra. “no conjunto de dados coletados sobre o meteoro observado, inclui informações geométricas – Orientação, posição e trajetória -, dinâmicas, altura e distância ao longo da trilha de meteoros, orbitais e espectrais. Esta estação de Meteoros faz parte de uma rede de monitoramento de meteoros do Brasil, a BRAMON (Brazilian Metor Observation Network)”, disse Leonardo.
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A estação do curso de Física da UECE-FECLI trabalha em parceria com outras estações do Ceará, que também fazem parte da BRAMON, realizando o que chamamos de triangulação para obter dados mais precisos. Desde o apontamento da Estação para os céus de Iguatu, a menos de um mês, várias capturas foram realizadas. Dentre elas o fenômeno comentado recentemente.
A matéria foi veiculada também pela Rádio Educativa Mais FM de Iguatu,
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