Assembléia Geral de Docentes deflaga Greve
30 de outubro de 2013 - 18:08
Na manhã dessa terça-feira (29/10), duzentos e oitenta e oito (288) professores de todos os campi da UECE se reuniram em assembleia em frente ao bloco I no Campus de Itapery, em Fortaleza. Em pauta, estavam informes sobre o estado de greve e votação acerca da possível deflagração de greve.
Inicialmente, foi formada a mesa, composta por integrantes do SINDUECE. O vice-presidente do sindicato, Prof. Eudes Baima, listou os principais informes e reivindicações da comunidade ueceana.
Dentre as reivindicações da categoria, destacam-se:
· PCCV e reajuste salarial: a categoria reclama a regulamentação do PCCV – ainda não realizada – além de reajuste salarial, em face à corrosão financeira, verificada desde 2008.
· Concurso para professores efetivos e servidores: nas universidades estaduais cearenses, a carência é de mais de 600 docentes – sendo 295 professores (UECE), 322 (URCA) e 70 (UVA).
· Politica de Assistência Estudantil: é reivindicada melhoria no sistema de assistência nos diversos campi da UECE, com instalação de residência e restaurante universitários, entre outras questões.
· Infraestrutura dos campi da UECE na Capital e no Interior: em virtude do crescimento da UECE em praticamente todas as suas unidades, os espaços físicos – tanto na capital quanto no interior – apresentam sérias restrições para a comunidade acadêmica que precisam ser superadas.
· Autonomia/democracia universitária: a categoria defende a autonomia acadêmica, financeira e gerencial da Universidade. Além disso, reivindica reformulação dos pesos dos votos de servidores docentes, servidores técnico-administrativos e discentes nos processos eleitorais na UECE.
· Estatuinte democrática e autonômica: a categoria apoia a reformulação do estatuto e do regimento da Universidade.
· FUNCAP: argumenta-se que a agência não tem atendido às demandas das instituições estaduais. Sugeriu-se o estabelecimento de uma cota da agência específica para financiamento de pesquisas para a UECE.
Na segunda parte da reunião, foi promovido o debate sobre a possível deflagração da greve. Após diversas colocações, foram ouvidos seis professores, sendo 3 favoráveis e 3 contra a paralisação. Em seguida, foi realizada a votação dos docentes a respeito da situação. Um total de 155 professores presentes manifestou-se a favor da paralisação; 96 posicionaram-se contra e 3 abstiveram-se. Ao término das discussões, a assembleia aprovou o estabelecimento de greve, na capital e interior.
