Integrantes do Grupo ECOEM da FECLI são aprovados em Seleções de Mestrado na UFRPE e UFPE

30 de dezembro de 2021 - 15:13

É com muita satisfação que mais uma vez, nós que fazemos parte do Grupo de Pesquisa em Ecologia e Conservação de Ecossistemas (ECOEM), viemos informar que dois de nossos integrantes, graduandos da Universidade Estadual do Ceará (UECE/FECLI), Sabrina Oliveira e Mikael Alves, foram aprovados nas seleções de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (em 1° e 2° lugar, respectivamente) e no Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal (Conceito 6 da Capes) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), uma das melhores universidades do país.

(Sabrina Oliveira e Mikael Alves).

Mikael e Sabrina estão concluindo o curso de graduação em Ciências biológicas, os quais ingressaram no ano de 2017 e desde o início sempre buscaram se engajar em muitas atividades, sendo bolsistas de alguns programas de bolsas como Iniciação à docência (PIBID); Permanência Universitária (PBEPU); Extensão (PROEX) e Iniciação Científica (IC), onde atuaram por aproximadamente três anos. Os dois estudantes atuaram ainda na representação estudantil e na organização de eventos.

(Mikael e Sabrina em circuito de palestras promovidas pelo projeto de extensão EcoAR – Mikael Alves no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (Campus Iguatu) e Sabrina Oliveira na EEMTI Edson Luiz Cavalcante de Gouvêa) (Dezembro de 2019).

(Primeiro dia de evento – O Protagonismo feminino na Ciência (Organização da VI Semana da Biologia da FECLI) (agosto de 2019)).

Enquanto bolsistas de iniciação científica desenvolvem trabalhos sobre interações entre plantas e animais. Sabrina realizou estudos sobre polinização, buscando entender a importância de algumas características das flores na atração dos visitantes florais e, consequentemente, no sucesso ou fracasso reprodutivo das plantas. Enquanto Mikael realizou estudos sobre dispersão de sementes e frugivoria, investigando os efeitos da sazonalidade climática e dos manejos da terra nos aspectos da dispersão de sementes em uma área de caatinga. Em seus Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC`s), ambos buscaram apresentar parte dos seus estudos, desenvolvidos durante a graduação, através de produtos de divulgação científica, como vídeos para o YouTube e um guia de frutos e sementes de espécies lenhosas e herbáceas da caatinga. Nestes produtos, os graduandos lançaram mão de recursos audiovisuais, ilustrativos e linguagem acessível para que os conhecimentos produzidos na universidade possam alcançar os mais variados públicos, independentemente do nível de escolaridade que apresentam.

(À esquerda: Mikael Alves na coleta de sementes do projeto Chuva de Sementes nas Bacias Experimentais de Iguatu-BEI do IFCE (Campus Iguatu) (junho de 2021); à direita: Sabrina Silva em estudos de polinização com a espécie Senna rugosa na Flona Araripe-Apodi, Crato-CE) (agosto de 2020).

(À esquerda: Guia de frutos e sementes como produto de divulgação científica produzido por Mikael Alves; à direita: Vídeos produzidos por Sabrina e o Grupo ECOEM como forma de divulgar e apresentar de forma mais clara o trabalho desenvolvido na bolsa IC) (julho de 2021).

No mestrado, ambos darão continuidade aos seus estudos, tomando como base a bagagem de experiências adquiridas durante a graduação, a partir de suas participações em diversas atividades, sobretudo na Iniciação Científica. Sobre a importância de se engajar nesses momentos, Mikael ressalta que “Cada processo e etapa vivenciada proporciona uma experiência muito enriquecedora, faz a gente se aproximar mais da vida acadêmica, ver que ali dentro existe um mundo de possibilidades e que tudo isso será crucial na nossa carreira profissional e com força, apoio e orientação de professores, colegas e amigos, tudo fica mais especial e dá mais coragem e vontade de seguir em frente”. Sabrina complementa dizendo que “Durante a graduação pude participar de atividades de diferentes naturezas, de modo que todas essas oportunidades foram agregando experiências que permitiram muito crescimento pessoal e profissional. A cada nova atividade a qual me envolvia, novos desafios e muitas limitações eram superados, ou pelo menos iam sendo trabalhados com o passar do tempo. Então, ter vivenciado a universidade de forma tão intensa e exclusiva me proporcionou muitos aprendizados, e ainda que tenha sido difícil em muitos momentos, me sinto privilegiada, pois sei que essa realidade ainda não é possível para muitos”.

Os dois alunos ainda destacam a importância de terem participado do grupo de pesquisa, o ECOEM, liderado pelo Profº Dr. Jefferson Thiago, para que estes pudessem conhecer a importância e as dificuldades de se fazer ciência, sobretudo, em universidades do interior, onde o investimento e a disponibilidade de recursos são ainda mais difíceis. Segundo eles, fazer ciência era algo distante para a realidade local, o que os fazia pensar que isso não seria possível, até surgir a oportunidade de participar de um grupo de pesquisa, discutir sobre ciência e realizar trabalhos em campo e em laboratório, incentivando-os a ingressar no mestrado e continuar no caminho da pesquisa, preenchendo lacunas da ciência.

Os exemplos destes e de outros estudantes da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu, aprovados em seleções de Pós-Graduação, nos mostram que mesmo em contextos de escassez de oportunidades e de pouco incentivo à pesquisa, como acontece em campis do interior, é possível alcançar novos horizontes em suas trajetórias de vida.

(À esquerda: Registros de Aves na Flona Araripe-Apodi; à direita: Integrantes mulheres do ECOEM durante coleta de dados na Flona Araripe-Apodi, Crato-CE).

(À esquerda: Estudo de polinização com a espécie Senna rugosa na Flona Araripe-Apodi, Crato-CE (maio de 2019); à direita: Experimentos de Polinização em cultivo de tomate na cidade de Iguatu-CE) (fevereiro de 2020).

(À esquerda: Mikael Alves no Laboratório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE-Iguatu (janeiro de 2020); à direita: Sabrina Oliveira no Laboratório de Pesquisa e Ensino de Biologia do Campus Multi-institucional Humberto Teixeira) (junho de 2021).