AGITPROP ANISTIA – 15

22 de maio de 2013 - 15:10

INFORMATIVO SOBRE GOLPE–DITADURA-ANISTIA-MEMORIA

DIRETOR – MARIO ALBUQUERQUE

DITADURA MILITAR 21/05/2013 – 21h43

Audiência Pública da Comissão da Verdade da UnB é marcada por histórias de repressão e tortura

A Comissão da Verdade e Memória da Universidade de Brasília (UnB) abriu suas portas para o ex-reitor da instituição, Antonio Ibañez Ruiz, e para o jornalista e ex- aluno Romário Schettino. Na primeira Audiência Pública da Comissão, ambos tiveram a oportunidade de contar suas experiências durante o período da ditadura militar.

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Ruiz, em seu período como professor da Unb, nos anos 60 a 80, dividiu com estudantes e membros da Comissão alguns dos momentos de repressão ao corpo docente. “As perseguições eram veladas, de tal forma que criavam condições para que você não pudesse sair, não pudesse produzir, dar aulas”. Sua participação marcou também o lançamento do livro “Em tempos de pensamento inquieto”, com relatos de sua vida na universidade.

Schettino, que estudou na Unb entre os anos de 1972 e 1979, disse que foi torturado: “Fiquei preso mais de 25 dias sob tortura. Fui recebido com um tapa no ouvido que me deixou zonzo por uns segundos, e interrogado por pessoas que eu nunca soube quem eram, porque eles não tiraram o meu capuz”. Após ser liberado pelos militares, Schettino não conseguiu retomar imediatamente sua rotina acadêmica e profissional, exilando-se na Europa por dois anos, antes de voltar para o Brasil. “Abandonei a universidade, abandonei meu emprego. Sofri uma interrupção brutal na minha vida por conta de uma arbitrariedade, de uma decisão unilateral do Exército brasileiro”.

Para o jornalista, é importante manter viva a memória do período da ditadura militar no Brasil. “Quando a gente se dispõe a contar essa história, e revivê-la, é porque ela não pode ser esquecida. Temos de fazer com que as pessoas conheçam esses depoimentos e reflitam sobre ele, sobre o que nós estamos fazendo aqui hoje e o que nós queremos para o Brasil amanhã”.

Ruiz também demonstrou seu apoio ao trabalho da Comissão e considera importante a participação das testemunhas dos anos de repressão. “Tenho o maior respeito por esse trabalho. Acho que tem que ser apoiado por todos nós, principalmente por todos aqueles que participaram de alguma forma e sofreram com a repressão, para ajudar a montar a nossa história”.

Cristiano Paixão, professor da instituição e coordenador de relações institucionais da Comissão, reforçou a importância da parceria com a Comissão Nacional da Verdade, do Congresso Nacional. Para ele, a troca de informações ajuda na investigação de crimes envolvendo estudantes e até mesmo o fundador da UnB, Anísio Teixeira, que teria morrido após cair no fosso do elevador, de acordo com a versão oficial.

“O quadro é de uma grande colaboração entre a Comissão da UnB e a Comissão Nacional da Verdade. Na nossa sessão de instalação, tivemos a denúncia de que o fundador da UnB, Anísio Teixeira, teria sido uma vítima da ditadura. Isso faz parte do grupo de mortos e desaparecidos da Comissão Nacional. Estamos trabalhando em sintonia para investigar o caso Anísio e também o desaparecimento de três estudantes [Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino, desaparecidos no período da ditadura militar].”.

A Comissão da Verdade e Memória da UnB continuará ouvindo depoimentos e deve receber, até junho, o ex-reitor e atual senador Cristovam Buarque, dentre outras testemunhas.

 

Agência Brasil

Fonte: Jornal O POVO Fortaleza Ceará 22.05.2013

 

DITADURA 22/05/2013

Marinha ocultou da Presidência informações sobre mortes na ditadura

Ao apresentar o balanço de um ano de suas atividades, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) revelou que a Marinha Brasileira ocultou informações sobre mortes cometidas durante a ditadura militar.

Em 1993, o então presidente Itamar Franco determinou ao ministro da Justiça, Mauricio Correa, o levantamento de informações com a Marinha, o Exército e a Aeronáutica sobre desaparecidos na ditadura militar. A Comissão da Verdade conseguiu identificar 12.072 documentos do Centro de Informações da Marinha (Cenimar) sobre 11 desaparecidos e fez cruzamento com as respostas prestadas pela Força Armada ao governo Itamar Franco.

Segundo a comissão, um dos documentos, de dezembro de 1972, tratava da morte do ex-deputado Rubens Paiva. Em 1993, a Marinha informou ao Congresso Nacional, ao Ministério da Justiça e à Presidência da República a versão oficial de que Paiva teria fugido quando estava sob custódia do Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) do 2º Exército, no Rio de Janeiro, e que seu paradeiro era desconhecido.

“O primeiro resultado parcial (da comissão) é o fato de que a Marinha Brasileira ocultou deliberadamente informações ao Estado brasileiro, já no período democrático. A importância desse documento é que indica que existem na Marinha Brasileira 12 mil páginas referentes aos 11 desaparecidos que apresentamos aqui”, disse a historiadora Heloísa Starling, responsável por sistematizar as informações levantadas pela comissão.

Mortes

De acordo com a comissão, o cruzamento das respostas das Forças Armadas com os documentos obtidos durante a investigação apontou que a Marinha ocultou as mortes de pessoas. “O Cenimar foi um dos organismos mais ferozes de repressão da ditadura. É uma relação muito extensa das informações que a Marinha tinha sobre as pessoas. Ela sabia que estavam mortas”, disse. (da Agência Brasil)

Quando

ENTENDA A NOTÍCIA

As informações sobre as mortes foram omitidas do então presidente Itamar Franco pela Marinha em 1993, no governo do terceiro presidente civil pós-ditadura militar.

 

SERVIÇO

Comissão da Verdade

Email:  cnv@cnv.presidencia.gov.br

Telefone: (61) 3313 7314

Fonte: Jornal O POVO Fortaleza Ceará 22.05.2013

 

CRIMES DA DITADURA 22/05/2013

Comissão da Verdade quer que agentes respondam na Justiça por crimes

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) disse ontem que irá recomendar que agentes suspeitos de terem cometido crimes durante a ditadura militar sejam responsabilizados judicialmente. A coordenadora da comissão, Rosa Cardoso, disse que o órgão vai seguir os tratados internacionais que classificam crimes de lesa-humanidade, tortura e assassinato por razões religiosas, raciais ou políticas. Ela descartou a possibilidade de a comissão propor a revisão da Lei de Anistia. “Quem tem que propor isso é a sociedade civil”, argumentou.

Ao divulgar balanço de um ano de atividades, os integrantes da CNV desmentiram a versão de que a prática de tortura tenha sido efetivada em resposta à luta armada contra a ditadura, iniciada em 1969. “A prática da tortura no Brasil como técnica de interrogatório nos quartéis é anterior ao período da luta armada, ela começa a ser praticada em 1964”, disse a historiadora Heloísa Starling.
Foi revelado ainda que a política de extermínio e tortura de adversários políticos da ditadura foi organizada por assessores diretos do presidente da República, oficiais das Forças Armadas. Em 1970, início da escalada de assassinatos, os ministros Márcio de Souza Mello (Aeronáutica), Orlando Geisel (Exército) e Adalberto de Barros Nunes (Marinha) encabeçavam um esquema que tinha o Centro de Operações de Defesa Interna (Codi), comandado pelo general Syzeno Sarmento, como pólo irradiador das ações e operações. (das agências de notícias)

Fonte: Jornal O POVO Fortaleza Ceará 22.05.2013

 

HÁ 80 ANOS 22/05/2013

A Anistia – A situação de São Paulo – A primeira Presidencia constitucional da Republica

1933. PAÍS

Respondendo a varias consultas telegraficas do , o general Flores da Cunha afirmou que o partido republicano federal, pelos resultados já conhecidos, obteve 70 o|o da votação, no pleito de 3 de maio. Adeantou que o unico incidente verificado em todo o Estado, durante as eleições, foi o assassinato do delegado de policia de Caçapava.

Fonte: Jornal O POVO Fortaleza Ceará 22.05.2013