Curso de Serviço Social promove Ciclo de Debates com o tema Questão Indígena no Brasil Comtemporâneo

8 de abril de 2019 - 11:15

A Coordenação do Curso de Serviço Social da Uece informa que a terceira atividade do “I Ciclo de Debates” ocorrerá no Auditório Central do Campus do Itaperi, na manhã do dia 10 de abril do corrente ano. Desta vez, o tema será “Questão indígena no Brasil contemporâneo” e contará com palestras de especialistas e ativistas da causa indígena, seguidas de debate.

O ciclo de debates foi uma sugestão do laboratório CETROS, prontamente acatada pelo colegiado do curso por ocasião da realização da Semana Pedagógica, no mês de janeiro de 2019.

A primeira atividade aconteceu na noite de 11 de fevereiro e tratou do tema “Conjuntura brasileira e universidade pública: diagnóstico e desafios”. Já no segundo evento da série, ocorrido no dia 12 de março, as professoras Socorro Osterne e Teresa Esmeraldo abordaram o tema “Ideologia de gênero e os sentidos de família na conjuntura atual”.

Com início marcado para as 8:30h do próximo dia 10/04, o terceiro evento da série promete um profícuo debate sobre a problemática indígena, numa conjuntura marcada pelo esgarçamento das fronteiras agrícolas, por ameaças e criminalização das comunidades originárias e tradicionais.

Para Leila Passos, que é professora do Curso de Serviço Social e uma das organizadoras do I Ciclo de Debates, “estudar e refletir sobre a questão indígena é de incontestável relevância, na perspectiva de fortalecimento das resistências e lutas plurais, interseccionadas e decoloniais”. Estas lutas, continua a docente, devem ser “sintonizadas com o horizonte da emancipação política e da emancipação humana”.

A professora informa, ainda, que a atividade se insere na programação do Abril Vermelho, e tem por objetivo “envolver a comunidade universitária e movimentos sociais em formas comuns de resistência e de lutas dos povos indígenas cearenses”. A população indígena é, sem dúvidas, um dos segmentos “a vivenciar vários retrocessos na atual conjuntura, principalmente as ameaças de invasão de seus territórios e destruição de seus modos de vida”, declarou a docente, que é doutora em Sociologia pela UFC.

Quatro convidados/as ligados às lutas dos povos indígenas atuarão como palestrantes. São eles/as:

Maria da Conceição A. Feitosa -liderança do Povo Pitaguary formada em Pedagogia e integrante da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará;

Ricardo Weibe N. Costa -advogado, liderança do Povo Tapeba e integrante da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará, além de atuar como conselheiro do Conselho Nacional de Política Indigenista;

Maria Bernadete Alves Feitosa -indígena pertencente ao povo Pitaguary, graduada em Letras (UECE), especialista em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira (UECE), mestranda em Planejamento e Políticas Públicas (UECE), Professora da Rede Estadual de Ensino e Assessora Técnica da Equipe de Educação Escolar indígena, Quilombola e para as Relações Étnico-Raciais (SEDUC);

André Luiz Fernandes da Silva -assistente social, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) da UECE e coordenador do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Indígena, em Maracanaú-CE.

A coordenação da mesa ficará por conta das professoras doutoras Leila Passos e Elivânia Moraes (membro do laboratório Cetros), que fazem o convite à comunidade universitária e à sociedade civil cearense para participar desse importante momento. Para elas, “resistir, lutar e re-existir passa pelos conhecimentos e saberes críticos do presente e autocríticos de si. Para tanto, consideramos relevante a presença de todos/as”.