DA SAÚDE GLORIOSA A DOENÇA TEIMOSA: A EPIDEMIA DE CÓLERA MORBO NO CEARÁ (1855-1863)

DHENIS SILVA MACIEL

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Era o ano de 1855, o mundo ocidental se assustava diante da epidemia surgida na Índia e que corria ao ritmo rápido da revolução industrial que acelerava as relações comerciais e permitiu a proliferação do cólera morbo por meio do vibrião colérico em portos ao longo de todo o mundo. 

O Ceará preparou-se para a chegada do mal, ordens foram expedidas, médicos foram contratados, comissões de socorros públicos foram formadas ao longo da província, mas a peste não veio. Confirmou-se a crença na proverbial salubridade que fizera com que a doença que rodeara o Ceará, atacando todas as províncias vizinhas passasse e deixasse a terra alencarina ilesa.

Em 1862 as notícias sobre o cólera voltaram a pauta. Mais uma vez a peste atacava fortemente as terras vizinhas. Autoridades cearenses criam que, se não passasse mais uma vez ileso, pouco mal poderia ser causado pela peste. O mês de março provou que as expectativas eram vãs. A peste veio, e grassou por toda a província com força e deixou em todas as regiões um numero grande de vítimas.

A pesquisa encontra-se em fase inicial e tem como principais fontes: jornais O Cearense e Araripe, Cartas das Comissões de Socorro Público, obras de memorialistas e cronistas como Thomaz Pompeu de Souza Brasil e Barão de Studart, bem como relatórios de presidentes de província e documentos de cunho eclesiástico.