Uma analise Histórica-Crítica da religião segundo Spinoza
Carlos Wagner Benevides Gomes
Universidade Estadual do Ceará - UECE
Emanuel Angelo da Rocha Fragoso
RESUMO:
Vivido num contexto histórico onde a Holanda do século XVII tinha seu ‘‘Século de Ouro’’, Spinoza faz um estudo relacionado à religião o que adiante combateu com fervor e fora até excomungado, tratando de assuntos polêmicos direcionados a comunidade Judaica contra o fanatismo religioso. Não apenas sobre o âmbito religioso, mas ético e político numa sociedade intolerante. O filósofo, através de seu conhecimento o qual chamara de histórico-critico, fez uma analise da Bíblia Judaico-Cristã e viu que, muitas vezes por parte de alguns religiosos, há toda uma superstição e deturpação da ideia de Deus, por exemplo, que podia estagnar a humanidade e a liberdade desta. Denuncia, a partir de argumentos filosóficos acerca do Estado e a Religião, o papel político dos autores das Sagradas Escrituras e questiona as condições e razões que a teriam escrita. Este trabalho tem por objetivo demonstrar a forma de pensar e a exegese segundo o filósofo racionalista Benedictus de Spinoza no que se refere à origem das Sagradas Escrituras e a questão da superstição na religião vigente da época. Para tanto, utilizando de referência sua obra Tractatus theologico politicus ou Tratado sobre a Religião e o Estado que irá tratar da relação da sociedade e de sua religião numa época onde não havia liberdade de expressão, mas perseguições e condenações sob os livres pensadores. Conclui-se, segundo Spinoza, a necessidade de compreender o fundamento da Religião Judaico-cristã a partir de uma leitura histórica-crítica dos autores da Bíblia e denunciar o cunho supersticioso do material.
PALAVRAS-CHAVE: Spinoza. Histórica-Crítica. Religião.