MUTUALISMO E SINDICALISMO: AS AÇOES DOS TRABALHADORES PORTUÁRIOS DA "DEUS E MAR" DE FORTALEZA (1912-1937)

NÁGILA MAIA DE MORAIS

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A presente pesquisa objetiva analisar as ações dos trabalhadores do Porto da cidade de Fortaleza entre os anos 1912 - 1931 a partir da Associação Deus e Mar[1] que tinha como base as práticas mutualistas e o Sindicato dos Trabalhadores Portuários[2], inserido num contexto de sindicato de resistência, durante uma época marcada por greves, manifestações, e práticas auxílios mútuos. Além desse dilema entre o mutualismo e o sindicalismo de resistência, os trabalhadores também precisavam lidar com a presença da Igreja entre os portuários, sendo a fundação da Legião Cearense do Trabalho[3], um momento marcante para a inserção da Ação Social Católica entre os mesmos, a qual tinha como objetivo principal combater os avanços dos movimentos Anarquista e socialista entre os trabalhadores do Porto. Para compreender as ações desses trabalhadores e suas experiências utilizaremos como base teórica E. P. Thompson e o conceito de experiência social, e trabalharemos com os jornais Correio de Ceará, A Tribuna, O Nordeste, Trabalhador Gráfico, Vos do Gráfico e O Combate.

 


[1] Associação Deus e Mar: Associação dos Trabalhadores do Mar, fundada em 1912 de caráter mutualista e beneficente.

[2] Sindicato dos Trabalhadores Portuários: Fundado em 22 de abril de 1921 de caráter beneficente e de resistência, ou seja, resistir a exploração dos patrões e lutar por melhores condições dia vida dos trabalhadores marítimos.

[3] Legião Cearense do Trabalho: Dentro da Ação Católica de inserção no Movimento operário foi fundada para combater ostensivamente as ideologias anarquistas e socialistas que ganhavam espaço entre os trabalhadores, associações e sindicatos.