ANÁLISE PSICOLÓGICA DE MORGANA NO MUNDO CELTA DE "AS BRUMAS DE AVALON"

YZY MARIA RABELO CÂMARA

Co-autores: YLS RABELO CÂMARA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Nesta comunicação, analisamos psicologicamente a personagem artúrica Morgana nos três estágios de sua vida: infância, adolescência e vida adulta, na obra de cunho inovador da escritora norte-americana Marion Zimmer Bradley, "As Brumas de Avalon" (1982). Na saga em questão, Morgana é resgatada com pinças pelas mãos sensíveis desta autora feminista. Ainda que sua característica principal esteja vinculada à malignidade, a Morgana de Bradley ousa servir-se de um discurso não autorizado que desafia as bases de uma sociedade paternalista e falocêntrica, cuja estrutura serve de pano de fundo para a implantação do Cristianismo nas Ilhas Britânicas do século VI. Morgana comparte nas mais de 1.500 páginas distribuídas em 4 volumes, algumas das características que sempre a acompanharam nas diversas versões anteriores da lenda arturiana. No entanto, há algumas que são exclusivas deste romance e, por tratar-se de um tema que concerne aos estudos de gênero, gostaríamos de comungá-los com o público neste trabalho. Para tanto, além do levantamento bibliográfico pertinente, nos dedicamos a traçar o perfil psicológico desta controversa pilastra na vida do Rei Artur: sua meio-irmã, amante e, posteriormente, inimiga. Centramo-nos em peculiaridades que a divergem da mesma personagem em outras reescrituras da mesma lenda e as conclusões a que chegamos estão sendo transferidas para um artigo a quatro mãos que estamos a rematar.