A RELAÇÃO DO MARANHÃO E A FORMAÇÃO DO LÉXICO BRASILEIRO

FRANCISCO CARLOS CARVALHO DA SILVA

Co-autores: GEÓRGIA GARDÊNIA BRITO CAVALCANTE CARVALHO
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A RELAÇÃO DO MARANHÃO E A FORMAÇÃO DO LÉXICO BRASILEIRO

 

Francisco Carlos Carvalho da Silva

Geórgia Gardênia Brito Cavalcante Carvalho

 

 

O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre a formação do léxico brasileiro, tomando como referência a Relação do Maranhão, documento jesuítico do período colonial brasileiro, de autoria do padre Luiz Figueira. Para tanto, faz-se necessário uma abordagem do contexto demográfico do Brasil Colônia no que diz respeito às várias nações indígenas, portugueses e viajantes que estiveram no Brasil; sendo, de uma forma ou outra, responsáveis pela constituição de um léxico brasileiro. Embora os detalhes da constituição de um léxico com feituras nacionais já se esboçasse nos primeiros anos da colonização do Brasil, a efetivação de um projeto nesses moldes só tomará corpo no período marcado pela passagem da Monarquia à República, uma vez que por muito tempo as línguas nativas foram simplesmente ignoradas, prevalecendo, pela força e pela fé, a língua do homem branco colonizador. Dessa forma, os estudos sobre o léxico brasileiro só se intensificaram no inicio do século XX. Contudo, a partir de uma análise da Relação do Maranhão, documento datado como sendo de 1607, é possível observar o uso de um léxico que ainda guarda os mesmos resquícios observados na Carta de Caminha, considerada por muitos estudiosos como a obra seminal do discurso lexicográfico nacional; ou seja, um léxico mais indicativo que representativo. Como base teórica para a pesquisa recorremos aos estudos de Vainfas (2000), Orlandi (2001), Nunes & Petter (2002), Bethania (2004), Nunes (1996; 2006), Hemming (2007) e Ximenes (2013).