a Retórica foi desenvolvida pelo povo grego como uma ferramenta de formação de argumentos, voltada para a persuasão de indivíduos e vem sendo objeto de estudo para vários pensadores ao longo dos séculos. A Retórica, semelhantemente à Gramática, à Lógica e à Poética, não é uma ciência a priore, mas sim um produto da experiência que visa à elaboração de discursos persuasivos, ocupando-se de princípios e técnicas de comunicação. Aristóteles, filósofo grego nascido em Estagira por volta de 384 a.C. escreveu livros abrangendo várias temáticas, dentre elas o estudo do discurso, tanto poético como retórico e, desse modo, dos deixou duas obras acerca desse tema intitulados: A Poética e A Retórica. Para a atual proposta de comunicação considero apenas a obra homônima ao tema, onde o autor desenvolverá sobre as melhores formas de criação dos argumentos e, assim, as melhores formas de persuasão, visto que nessa obra o estagirista preocupa-se apenas com o bom e o mal retórico. Dessa forma, vemos na retórica uma importante ferramenta para o desenvolvimento de nossos discursos persuasivos, sendo mais oportunos para quem propõe persuadir um determinado grupo de indivíduos com características semelhantes, onde atualmente vemos na figura dos políticos e dos advogados os atuais retóricos. Na obra aristotélica em destaque encontramos técnicas e instruções de como proceder ao argumentar com outros indivíduos e, desse modo, ele listará todos os tipos de retórica, que ele dividirá em: 1) deliberativo; 2) judiciário e 3) epidíctico; ele também discorrerá sobre as determinações de cada indivíduo segundo a sua idade (jovem, idoso e quem se situa no auge da vida) e segundo o seu caráter (nobre) e, ainda em relação aos indivíduos, ele tratará das emoções, dentre outros assuntos. Portanto, é preciso realizar uma abordagem acerca de tais categorias visando uma melhor compreensão de tal tema na perspectiva aristotélica e quais seriam a suas melhores formas de serem utilizadas.