Neste trabalho objetivamos analisar o comportamento da variável escolaridade sobre o enfraquecimento da concordância verbal (CV) com sujeito na 3ª pessoa do plural (3PP) no português brasileiro (PB), pois acreditamos que ela seja um dos principais condicionadores do referido fenômeno, muito recorrente em nossa língua. Para cumprir tal interesse, realizamos um levantamento bibliográfico acerca dos trabalhos conduzidos à luz da Teoria da Variação e Mudança Linguística (LABOV, 2014 [1972], WEINREICH; LABOV; HERZOG, 2012 [1968]) que observaram a variação no fenômeno em tela em quatro das cinco regiões brasileiras e para os quais a variável escolaridade mostrou-se relevante. Foram eles: Anjos (1999) para a região Nordeste; Sgarbi (2006) na região Centro-Oeste; Monte (2007) para o Sudeste e Monguilhott (2011) para a região Sul, frisamos que até o presente momento não tomamos conhecimento de trabalhos sobre a variaçõ na CV junto à 3PP realizados na regão Norte do Brasil. A partir dos resultados alcançados nos estudos considerados, nos foi possível chegar a algumas conclusões. Uma delas é a de que quanto menor for o grau de escolaridade dos falantes, menores serão as chances de haver manutenção das marcas de CV com a 3PP prescritas pela tradição normtiva. Isso não significa dizer, em hipótese alguma, que esse fenômeno de variação linguística não possa ser localizado na linguagem de indivíduos com alto nível de escolarização.