COMPOSIÇÃO MULTIMODAL DE GUIAS DE USO DE DICIONÁRIOS ESCOLARES

HUGO LEONARDO GOMES DOS SANTOS

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

As páginas iniciais dos dicionários geralmente apresentam indicações de como se organiza a obra para que o consulente possa melhor utilizá-la, caracterizando-se como gêneros introdutórios dos dicionários. São introduções, prefácios, tabelas de abreviaturas e símbolos e guias de uso. Estes últimos, os guias de uso, caracterizam-se por conter instruções diretas sobre o manuseio do dicionário e podem assumir diversas formas, dependendo do projeto lexicográfico e do público-alvo da obra. Nos dicionários mais atuais, a utilização de recursos visuais para auxiliar a leitura dos guias tem aumentado e já não se usam apenas recursos tipográficos (negrito, itálico, sublinhado, tamanho de fontes, entre outros), observando-se agora a disposição dos elementos na página, molduras e cores diferenciadas. Nesta pesquisa, procuramos ressaltar de que forma esses recursos visuais contribuem para uma leitura mais rápida e fácil dos guias de uso, utilizando como referencial teórico a Teoria da Multimodalidade de Kress e van Leeuwen (2007). Usamos como corpus para análise os guias de uso encontrados em três dicionários escolares, Caldas Aulete - minidicionário contemporâneo da língua portuguesa (GEIGER, 2011), Dicionário escolar da Academia Brasileira de Letras (BECHARA, 2011) e Dicionário didático de língua portuguesa (RAMOS, 2011). Utilizamos as categorias propostas por Krees e van Leeuwen (2006) para análise dos aspectos composicionais dos guias de uso, a saber, valor informativo, saliência e enquadramento. Os resultados comprovam a necessidade crescente do letramento visual para uma leitura mais eficiente dos guias de uso. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do grupo de pesquisa LETENS (Lexicografia, Terminologia e Ensino), sob orientação do prof. Dr. Antonio Luciano Pontes.