ENTRE EXPERIÊNCIAS, PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES: AS NORMALISTAS DE LIMOEIRO DO NORTE-CE (1960-1970)

MARCIA ALVES DOS SANTOS

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A Escola Normal Rural de Limoeiro do Norte (ENRLN), durante o período de 1960-1970 era regida por rígidas regras, especialmente no campo da moralidade e dos costumes. A vigilância que cercava as normalistas era acirrada, partia não só do corpo docente da escola, como também da sociedade limoeirense, que via na ENRLN um importante espaço de educação e disciplina.  No entanto, a vigilância nem sempre era eficaz e em meio a táticas e astúcias, as normalistas limoeirenses por vezes, encontravam brechas para burlar as regras estabelecidas. O modelo de formação posta em prática na ENRLN visava um perfil ideal de normalista. Analisando as disciplinas propostas, bem como as estratégias de controle e formação dessas jovens, é possível perceber qual era o perfil que a Escola e a sociedade limoeirense desejavam para suas filhas. No entanto, dentro do projeto educativo e disciplinador da ENRLN também é possível perceber que as normalistas criavam para si uma identidade de normalista. Que identidade é essa? O que significava para essas jovens mulheres "ser normalista"? Partindo dessas questões preliminares, o objetivo da presente pesquisa é analisar, a partir das memórias das normalistas limoeirenses, suas vivências, experiências, táticas e astúcias, rebeldias e deferências no cotidiano da Escola Normal Rural de Limoeiro do Norte. A presente pesquisa se encontra ainda em fase inicial no Curso de História da FAFIDAM-UECE.