O Ecossocialismo propõe uma superação na forma de uso das forças produtivas como ocorre no capitalismo, reavaliando seu uso a partir de uma perspectiva ecológica, ou seja, considerando como finitos os recursos naturais, respeitando os demais seres vivos articulando-se as luta sociais com horizontes socialistas. É uma alternativa que promulga a ideia de justiça social, de respeito à diferença e de defesa de relações sociais mais humanas, pois elas dinamizam a existência equilibrada entre o homem e a natureza. Este presente trabalho tem como objeto analisar as ideias e propostas que o ecossocialismo oferece para uma sociedade equilibrada ecologicamente e mais humana. Procuramos entender e refletir como essa relação ocorre e dialoga entre si no sistema capitalista. Através de uma pesquisa bibliográfica em sites, revistas e livros nos quais realizamos uma leitura crítica e reflexiva dos seguintes autores: Michael Lowy, O'Connor, João Alfredo T. Melo, A. Costa e Gert Schinke e ainda analisando os dados bibliográficos do Projeto de Pesquisa: A Educação do Campo e o Movimento 21: novas formas de resistência social à lógica do mercado, coordenado pela Profa. Dra Sandra G. de Carvalho, voltado para a problemática sócio- ambiental na Chapada do Apodi, encontramos os seguintes resultados: a meta do socialismo ecológico é uma sociedade fundada na racionalidade ecológica, no controle democrático, na igualdade social e na supremacia do valor do uso sobre o valor de troca (O'Connor). A racionalidade ecológica colide constantemente com a racionalidade desenvolvimentista protagonizada pelas políticas públicas governamentais predominantes nas cidades e no campo brasileiro. É possível concluir inicialmente que o sistema produtivo deve ser transformado essencialmente em seu conjunto passando a considerar o equilíbrio entre o homem e a natureza. Os meios de produção devem ter um controle público baseados no debate democrático e da economia participativa. É importante mencionar que o ecossocialismo vai além da mudança no sentido econômico da produção. Ele propõe uma concepção do homem e da sociedade em cooperação com a natureza. Não é uma ideia baseada nos ganhos monetários da elite dominante que oprime os trabalhadores através do trabalho. Traduz-se nas propostas que lançam as bases para o sentido de justiça ambiental, ou seja, a construção de uma sociedade igualitária e em harmonia com as demandas ecológicas, sociais, econômicas e políticas, gritante em nosso contexto atual.