As teorias Cognição Clássica e Cognição Situada estão presentes na linguagem dos textos em que lemos, porém na maioria das vezes nós leitores, não sabemos identificá-las, classificá-las e diferenciá-las entre si, logo isso confunde e dificulta a interação e compreensão para com a nossa leitura. Por isso, o objetivo específico deste trabalho é apontar seus embasamentos teóricos, as suas características peculiares e seus diferentes sentidos exercidos no texto. Segundo Dupuy (1996) a Ciência Cognitiva influencia diversas áreas do conhecimento, tais como: neurociência, linguística, psicologia cognitiva, sociologia, antropologia, filosofia e outras. Cada qual contribui, de acordo com suas perspectivas, com subsídios que ajudam a compreender, conceber e pensar o conhecimento e o saber humano. Quanto à área da Linguística, a Cognição Clássica se define como objetiva e independente do sujeito e a Cognição Situada é o contrário, ou seja, não objetiva e assume a realidade como construída pelo sujeito no seu curso de interação com o ambiente. Portanto, as duas seguem métodos distintos, respectivamente, no desenvolvimento do co-texto nas concepções de Magro (1999), von Rogh e Roos (1995), a mente equivale a um computador, a uma máquina, e, como tal, possui um repertório de instrumentos (um mapa de representações do mundo e a linguagem) que lhe permite resolver problemas. Dessa forma, a cognição é entendida como a solução de problemas e aprender significa criar representações do mundo, independente e externo, através da assimilação de novas experiências. Assim, literatura cognitivista trata de como o observador processa informação a partir da imagem da retina, com as categorias de representações já existentes na mente, e como essas categorias são armazenadas na memória. E o conexionismo que, como o cognitivismo, trabalha com a ideia de que a mente é processadora de informações. Vale ressaltar ainda que prevalece a ideia de representação, não mais inata, mas adquirida com a experiência através das interações com o meio. A inspiração do conexionismo baseia-se na biologia, ao contrário do cognitivismo, cujas bases estão na Física. Para os conexionistas, os organismos não são simplesmente análogos às máquinas, mas são máquinas. Portanto, a Cognição Clássica e a Cognição Situada lidam com elementos que fazem parte da natureza e do convívio do indivíduo, como o raciocínio lógico e a interação deste com o meio.