Este trabalho se propõe a examinar a construção social da morte na capitania do Ceará Grande no período do século XVIII, identificando os alicerces das práticas, do "imaginário social" e experiências do catolicismo diante da post-Mortem. A partir da documentação relacionada ao poder eclesiástico, tais como as constituições do Arcebispado da Bahia, os testamentos e os livros de óbitos da capitania do Ceará, buscar-se-á problematizar que elementos do cotidiano são passíveis de observar nos ritos fúnebres e concepções do "além" presentes nesta documentação que legitimaram o poder da instituição católica sobre o disciplinamento social dos indivíduos na capitania.