DO BEAT AO ABSURDO: UMA ANÁLISE DO ROMANCE TARÂNTULA, DE BOB DYLAN.

EDINALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Resumo: A partir da segunda metade do século XX, anos 50 e 60, iniciava-se nos Estados Unidos uma série de manifestações contrárias às formas de vida e de pensamento político que dominavam a sociedade. Eclodiam, neste contexto, idealistas que se posicionavam contra a corrente do American Way of Life. Nascia assim, a "Geração Beat". Era uma geração sedenta por uma revolução cultural e artístico-literária tida muitas vezes como marginal por exaltar ideais de contraculturais e de liberdade. Muitos nomes relevantes para o cenário musical e da literatura mundial surgiram neste período, dentre eles podemos destacar Bob Dylan. Para alguns estudiosos a poética das composições musicais e literárias de Bob Dylan esta ligada diretamente às ideias "contraculturais", tal qual pode ser observado na produção dos escritores beatinks. Assim sendo, o presente artigo tem como objetivo analisar o uso de diálogos nonsense para a construção do romance Tarântula (1966), de Bob Dylan; obra esta que une prosa e poesia de forma caleidoscópica, mostrando sua similaridade com as produções dramáticas do Teatro do Absurdo, tanto em estética como em temáticas.