UM HOMEM, UMA INSTITUIÇÃO: DOM RUFINO E SUA ATUAÇÃO NAS LUTAS CAMPONESAS EM QUIXADÁ NO PERÍODO DE 1971 À 1986

FLAVIANE MARLA LOPES NOBRE

Co-autores: BIANCA RAQUEL PINHEIRO DE SOUZA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A pesquisa que segue, é o título da proposta de pesquisa de monografia da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central, que está sendo elaborada sob orientação do Prof. Dr. Marcos José Diniz Silva. O trabalho tem como objeto de estudo, o primeiro bispo da Diocese de Quixadá Dom Rufino do Rêgo, sendo observado o seu envolvimento na luta por terra em Quixadá. Quanto ao período, de 1971 à 1986, compreende o período em que Dom Rufino ficou à frente da Diocese de Quixadá. O período de 1971 compreende o momento da instalação da Diocese, um período de muitas dificuldades na estruturação diocesana. Já o período de 1986, é o momento de maior intensidade dos conflitos de terra, onde a Igreja decide transferir Dom Rufino, para não ver um bispo sendo assassinado, já que Dom Rufino estava sendo constantemente ameaçado de morte. Dessa forma, ao analisar o objeto, nosso objetivo será o de compreender suas ações à frente da instituição, e sua atuação nos conflitos, tendo como referência para tal atuação, as mudanças implementadas a partir do Concílio do Vaticano II, a conferencia de Medellín e Puebla, e a Teologia da Libertação, que prega o combate às injustiças sociais. Para tal astúcia, utilizaremos de referências sobre religião e luta de classe (MADURO, 1983), a Igreja Católica e o seu papel político no Brasil (AZEVEDO, 2004) e o catolicismo brasileiro em época de transição (BRUNEAU, 1974). Como resultado parcial da pesquisa, podemos refletir sobre a participação direta do bispo nas questões relacionadas à organização e atuação dos padres e religiosos nas tensões entre os moradores das fazendas e seus respectivos donos. Podemos refletir também, sobre o tipo de Igreja que teríamos no Brasil em pleno Regime Militar, aonde a esquerda via na Igreja uma forma de se manifestar contra o regime.