Este estudo pretende analisar a dinâmica social do cotidiano do mercado público de Aracati no período que compreende a década de 1960 a 1990. Se utilizando principalmente, da memória de sujeitos que participaram do contexto histórico, de estudos já realizados sobre o desenvolvimento econômico e social da cidade e tendo em vista a importância econômica e cultural dos espaços que são produzidos culturalmente em mercados públicos, entendidos como um espaço lotado de significados e referências da história local pelo imaginário de frequentadores e permissionários. O mercado público de Aracati passou por varias transformações político e algumas reformas internas e modificações principalmente nas cores sempre determinando os slogans das administrações, mas conservou-se sua estrutura secular que segue os padrões dos mercados tradicionais do Ceará, composto por edificações de planta quadrangular que contorna toda uma quadra. Tanto no espaço do mercado público, na feira livre ou no mercado da carne e de peixe de Aracati, estão expressas na cotidianidade dos seus feirantes e frequentadores, seus hábitos e costumes. Ambos os espaços são locais de encontros, de manifestações culturais, são espaços que vão sendo produzidos e modificados através do próprio cotidiano, são representações culturais do patrimônio de uma cidade. É local onde o passado, presente e futuro se encontram no mesmo espaço do tempo.