Marilene Lázaro - UECE /FECLESC
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Máquinas e seu poder transformador aos olhos de Ray Bradbury
Resumo: No final do Séc. XIX e início do Séc. XX surge um tipo de literatura na qual alguns autores incorporam fatos científicos e ficção. São conhecidos como: A ficção científica. Esses textos apresentam registros diferentes, variando, do domínio técnico à narrativa poética, o que faz com que eles possam ser considerados como obras textualmente híbrida. O escritor americano Ray Bradbury (1920-2012) reconhecido ainda em vida, e conhecido por ter seus trabalhos adaptados para os quadrinhos, programas de televisão e telas de cinemas, sabidamente, não é um entusiasta da tecnologia e vê com profundo pessimismo a desumanização do homem através de um desenvolvimento científico, frio e consumista. Seu jeito poético de adaptar a realidade não impede que ele denuncie as deformações impostas ao ser humano em nome de um discutível progresso, seus contos são elementos essenciais para que a consciência crítica do homem se destaque em meio à carga de padronizações que o mundo nos oferece. É exatamente isso que aborda o presente artigo, uma análise sobre o conto "The Flying Machine", e o poder centralizador das máquinas, o que nos remete a uma questão histórica e cultural da sociedade. É teoricamente correto o uso tecnológico para melhorias de vida sem conhecer os possíveis efeitos e o impacto sobre a humanidade? Sabemos apenas que o conhecimento é eterno e consegue diferenciar o homem da máquina que reproduz tecnicamente o que lhe é ordenado.
Palavras - chave: Ficção científica. Tecnologia. Máquinas. Bradbury.