ÉDIPO REI DE SÓFOCLES: A OPRESSÃO SOCIAL DA POLIS NO INDIVÍDUO NA GRÉCIA ARCAICA.

ANA TIELLY MENDONÇA BEZERRA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Ana Tielly Mendonça Bezerra

tielly07@gmail.com

Este trabalho tem como objetivo analisar a influência da Polis no indivíduo a partir das desventuras presentes em Édipo Rei que sintetizam - usando todo o distanciamento possível a ficção que ele se detém - a singularidade do homem grego, do social, do político que faz a Polis, mas também é feita por ela.
O papel da sociabilidade natural humana - e as consequências intrínsecas a ela - traduz bem o poder que a Polis tinha sobre o individuo grego, como Glotz afirma que "a cidade é, portanto, uma consequência natural, do mesmo modo que as associações anteriores, das quais ela é o coroamento. E é exatamente por esse motivo que o homem [...] necessita da Polis para desabrochar por completo".
Partindo dessa afirmação de Glotz e da análise da tragédia de Sófocles, surge o seguinte questionamento: Como a Polis interfere no indivíduo? No caso de Édipo, a opressão e a vergonha - além da natural angústia pelo pecado cometido - refletiram em suas ações quando fura os próprios olhos e foge, acreditando que somente o ostracismo poderia - não desculpar - aplacar o cruel pecado que cometera.