"PRA CURAR TEM QUE TER FÉ" : PRÁTICAS DE CURA NO MUNICÍPIO DE JAGUARUANA (1980-1990)

RONALD FELIPE BARRETO DE SOUSA

Co-autores: RONALD FELIPE BARRETO DE SOUSA e VERA DA COSTA E SILVA LIMA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

 Ronald Felipe Barreto de Sousa

Ronaldfelipe2009@hotmail.com

"Pra curar, tem que ter fé": Rezadeiras, benzedeiras e curandeiras numa perspectiva histórica (1980-1990).   

Compreendendo que as rezadeiras, por muitos também chamadas de curandeiras ou benzedeiras são uma fonte de construção da história, escolhi suas práticas como objeto de estudo, seus cantos, ritos, orações e curas. A pesquisa está centrada no município de Jaguaruana, especificamente nos distritos de São José do Lagamar, Giqui e Antonópolis, o recorte temporal é entre 1950- 2010, tido que boa parte delas iniciou sua trajetória de curar nesse período. Procuro nesse trabalho perceber a rede de relações que se estabelece entre o curandeiro e o doente, as outras funções que elas exercem, como por exemplo, serem além de rezadeiras também parteiras, a formação das novas rezadeiras, semelhanças e diferenças de ritos e tentar compreender a relação cura e igreja. Percebo que a história e a historiografia tem uma dívida para com essas agentes da história, percebi isso em uma fala de uma das minhas entrevistadas, que assim me disse: "Um fi, não deixe eu morrer sem que ninguém lembre de mim, o que eu fiz na minha vida, os minino que butei no mundo, as ferida de gente que sarei ", assim me relatou Maria Evangelista de Jesus, rezadeira, parteira e mãe de família com 92 anos. Assim pretendo estudá-las compreender o que elas fazem e como fazem e qual a sua aceitação por parte do povo.