Logo na aurora do século XXI, o mundo ficou consternado com a ousadia fundamentalista - contra inúmeras e poderosas nações - e a constatação do engano grosseiro do fim da historia. Rubens Ewald Filho - famoso critico do cinema brasileiro -, concluía, em varias entrevistas nos meios de comunicação brasileiros logo após os ataques terroristas de 11 de setembro, que o ódio a America era o ódio aos seus valores, seu consumismo desenfreado, sua extrema materialidade, daí ele discorrer que o cinema produzido em Hollywood foi a vitrine máxima desse modo de ser norte-americano. Dessa forma, o presente artigo tenta investigar de forma resumida o início do cinema e sua rápida escalada para o sonho, a diversão; desenvolvida conforme a própria feitura da modernidade, até seu auge como instrumento político-ideológico promovido pelo cinema norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, passando de uma simples brincadeira tecnológica apresentada em casas de espetáculos duvidosas e cheias de variedades como os Vandevilles, até o caminho fundamental desenvolvido em sua perspectiva industrial. Induzindo os indivíduos, seduzindo-os com rara eficiência, confeccionando-lhes sonhos, pretendemos demonstrar a imediata identificação do cinema hollywoodiano com as ideologias, posições e representações político-sociais dominantes, dentro de um processo complexo e imbricado, que americanizou primeiro os Estados Unidos, depois, vários outras partes de um mundo cada vez mais veloz e moderno. O presente artigo é um fragmento de uma pesquisa em andamento, ainda em curso de maior aprofundamento, que se utiliza de pesquisa bibliográfica, e do interesse sempre renovado por algo tão lúdico e poderoso culturalmente como é o cinema de um modo geral - e norte-americano em particular. Busco destacar trabalhos de vários teóricos da Sétima Arte, passo a passo com trabalhos de outros tantos investigadores históricos do processo de expansão do cinema hollywoodiano.