"Mulheres nas rádios: uma análise sobre a presença feminina no contexto midiáticos em Quixeramobim-CE, entre 1980 a 2021"
Autor - CASTRO, Bianca Alessandra Diogo (FECLESC/UECE)
Coautor - MAIA JÚNIOR, Edmilson Alves (FECLESC/UECE)
Ser mulher dentro de uma sociedade autoritária é um ato de resistência. Já dizia Simone de Beauvoir, no livro O Segundo Sexo: "A humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativamente a ele; ela não é considerada um ser autônomo." São muitas as batalhas a serem enfrentadas ao longo de uma jornada que requer coragem e força, seja ela de maneira interna, seja ela de maneira externa, que é mostrada no dia a dia. No Sertão essa mesma realidade se aplica. As mulheres daqui são vanguardistas e determinadas, são as famosas mulheres 'arretadas', mas muitas ainda presas aos pensamentos machistas e misóginos que as cercam desde o dia que nasceram, principalmente por ser algo enraizado com muita força e frequência. A resistência dessas mulheres não se limita somente ao gênero, mas também está na procura por uma vida melhor e está na ocupação de espaços anteriormente considerados masculinos, como o meio radiofônico, um lugar historicamente conhecido pela forte presença de homens. Diante do que foi exposto, a seguinte pesquisa analisou a presença feminina nas rádios de Quixeramobim. Compreende-se que pela falta de oportunidades nos microfones das rádios, é preciso mostrar como se deu o início da participação dessas mulheres corajosas nesse meio, suas lutas e também suas conquistas. Resistência também é vencer. Esse projeto de pesquisa finca-se na ideia de manter viva a produção e a história de mulheres pioneiras e grandiosas das rádios de Quixeramobim, por meio da história oral, de acordo com seus depoimentos e vivências dentro da sociedade como símbolo de luta e de permanência. Suas trajetórias servem de inspiração e força para muitas.
Palavras-chave: Mulheres - Rádio - História Oral