A década de 60 no Oriente Médio é marcada por uma ascensão política significativa da Liga Árabe, liderada por Gamal Abder Nasser, presidente do Egito. O apoio dado ao povo palestino é tal que se torna suficiente para uma associação deste com o conjunto de países árabes integrantes da Liga. Tal associação geraria, em 1964, uma organização que é ainda hoje símbolo da resistência palestina, a OLP (Organização para Libertação da Palestina). Internamente, a Liga Árabe acreditava no sucesso de um levante contra Israel, que contava com o apoio tecnológico norte-americano para consolidar sua posição no Oriente Médio, o que tornava o país auto-suficiente na defesa e equipado para o ataque. É neste cenário que eclode a Guerra dos Seis Dias, um conflito deflagrado em 1967, onde Israel - sentido-se ameaçado pelos países da Liga Árabe - os atacou, ocupando a maior parte do Egito, Síria e Cisjordânia, uma das áreas legalmente palestinas. A derrota da Liga Árabe, ocorrida graças ao apoio norte-americano - que foi um dos fatores da superioridade israelense - causou trágicas conseqüências para o povo palestino, que alem de ser derrotado e se ver sem grande parte de suas terras, sentiu os graves efeitos da colonização judaica no que restou de seus territórios, reduzindo-os a uma porção quase insignificante em comparação ao que fora estabelecido na precária partilha de 1948. Esta pesquisa é desenvolvida no Grupo de Estudos e Projeto de Extensão Historia & Guerra Fria e encontra-se em andamento. Algum material bibliográfico tem sido levantado ate agora e há a possibilidade de pesquisa em alguns jornais da época. Assim, procuramos estabelecer as relações deste conflito dentro do contexto maior da Guerra Fria. Como a Guerra Fria explica o conflito? Que repercussões na geopolítica da região se seguiram a este?