ENTRE ANTIGOS SONHOS, LUTAS E NOVAS CONQUISTAS O MOVIMENTO ESTUDANTIL SECUNDARISTA EM FORTALEZA DE 1979 A 1984.

JOSE AIRTON SAMPAO FILHO

Co-autores: EDMILSON ALVES MAIA JÚNIOR
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

O final dos anos 1970 assistiu no Brasil ao ressurgimento dos movimentos sociais, entre eles o movimento estudantil, tanto secundarista quanto universitário, o nascimento do novo sindicalismo, cujo maior símbolo estava no ABC paulista, além do forte movimento pela anistia ampla geral e irrestrita onde vários presos e perseguidos políticos que estavam exilados e asilados retornaram ao país. Os anos 1980 iniciam com forte mobilização popular onde entidades civis e sociais exigiam o fim do regime militar e a volta da democracia com eleições diretas para presidente. Nossa problematização se fará em torno da atuação política e social do movimento estudantil secundarista de Fortaleza no período compreendido entre 1979 e 1988. Sobre a atuação do movimento secundarista de Fortaleza algumas indagações surgem. Como o movimento estudantil secundarista contribuiu para a redemocratização do país e para as conquistas constitucionais relacionadas à educação e à juventude? Como se deu a luta em torno da reestruturação das entidades secundaristas? Que bandeiras de luta mobilizaram os estudantes da capital do Ceará? Que experiências viveram estes militantes no período democrático? Realizaremos uma pesquisa em arquivos das entidades estudantis nacionais (UNE e UBES). Investigações em jornais, no referido recorte temporal, de grande circulação local (O Povo e Diário do Nordeste) e nacional (O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e O Globo), assim como jornais alternativos (O Mutirão) que serão ressignificados como fonte para compreender como se construiu e se constroem memórias a respeito do movimento estudantil, secundarista em especial e que fatos, demandas, personagens aparecem nessa documentação. Arquivos pessoais de militantes (no caso esses militantes serão os nossos entrevistados) também serão analisados a partir das narrativas dos integrantes do movimento estudantil. Especificamente, a história oral, possibilita entender pela memória/esquecimento individual e/ou coletiva, fragmentos representativos do passado, versões a serem cotejadas entre si e debatidas para uma explicação dos fatos narrados.