A pesquisa (Re)Pensando o patrimônio cultural do Ceará: bumba meu boi e reisados na educação para o patrimônio, tem o objetivo de sensibilizar a população do Sertão Central para os debates em torno do patrimônio e da cultura local. Essa alegação está fundamentada na perspectiva de que a cultura é essencial para a formação humana.
Tomando como base a documentação produzida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), adotaremos a abordagem da educação patrimonial, no âmbito do Patrimônio Cultural. (IPHAN, 2014a, 2014b,2014c).
Derivando desses pressupostos, pode se conseguir uma maior participação da população no trabalho de reconhecimento e salvaguarda das manifestações populares, bem como um melhor entendimento da diversidade existente no mundo. A educação patrimonial, nesse caso, é tomada como um instrumento de sensibilização para o diferente: o passado como um lugar distante, e a manifestação em si, como outra forma de interpretar e vivenciar o mundo.
Os principais elementos que o projeto em questão deseja estimular é a sensibilização da comunidade quixadaense para as diversas manifestações populares existentes na região e no Estado, como um todo.
As discussões em torno da valorização do patrimônio local, passa por um processo de (re)conhecimento deste como tal, o que por sua vez exige um momento de contato e aprofundamento, pois são práticas e costumes recorrentes no cotidiano das cidades interioranas.
A construção desse projeto, passa por uma perspectiva que é sustentada pela relação de mútuo aprendizado entre a Universidade e a sociedade onde será realizado nos espaços e vigência do projeto, (mini-cursos, oficinas, vivências) que serão construídas as perspectivas sobre os conceitos chave desse projeto.
Parte-se da premissa de que a identidade, um dos elementos chave para a construção de significado para o patrimônio, é algo que está em constante mudança e passível de novas significações. Ao determinarmos o contato entre os jovens e as manifestações populares (bois e reisados), o que se espera é o surgimento de novos olhares sobre essas práticas, juntamente com o reconhecimento e valoração destas como fundamentais para a construção da identidade local para dessa forma desenvolver nesses jovens uma identidade local e patrimonial que é importante para sua formação educacional e social.