TOTALITARISMO, TERROR E BANALIDADE DO MAL SEGUNDO HANNAH ARENDT

LUCIANO OLIVEIRA PAULO FILHO

Co-autores: LUCIANO OLIVEIRA PAULO FILHO
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Este trabalho tem como objetivo apresentar o totalitarismo na Alemanha nazista sob a perspectiva de Hannah Arendt (1906-1975). Para entender a efetivação totalitária alemã é necessário realizar um panorama da Alemanha pré-totalitária e assim captar como foi a ascensão nazista ao poder com uma proposta redentora, que sanaria as turbulências financeira, moral e histórica ocasionada pela perda da primeira guerra. Assim sua elevação ao poder, se deu também por meio de um resgate da autoestima nacional alemã. O totalitarismo para Hannah Arendt, é um novo regime político, que se estabelece através da ideologia e do terror. Duas características que a autora traz para a compreensão desse fenômeno. A ideologia e o terror constituem o Estado totalitário alemão. Essa nova forma de governar é marcada pela superação de qualquer lei, ou seja, o governo totalitário é e está acima da constituição positiva, isto quer dizer, que quem declara como ele deve agir diante da sociedade é ele mesmo, gerando assim uma monstruosa autonomia. Outro ponto para a compreensão do totalitarismo na Alemanha é a expressão banalidade do mal. O mal se generalizou e tornando-o um perigo silencioso e letal. A banalidade do mal formulada por Arendt é tradicionalmente fundamentada na adesão do homem à maldade e a sua naturalização.