Nossa pesquisa faz uma abordagem das representações da morte na obra O Quinze. Temos
como fonte principal a obra supracitada. Inicialmente verificamos quais os elementos escolhidos
pela autora, foram utilizados para a construção dessas representações. Ampliamos nossas
discussões para os aspectos do movimento regional, os conceitos de representação e imaginário,
nos debruçamos sobre a trajetória pessoal da autora Rachel de Queiroz e analisamos as ações e
relações atribuídos na construção de seus personagens. Identificamos também as configurações da
morte que perpassa na trama, observando os significado possíveis dados as paisagens sertanejas, as
vivências familiares nos sertões, bem como na retirada vivida pelos personagens de Rachel de
Queiroz em direção à Cidade. Verificamos também, como a autora desenha em seus personagens
suas adaptações quanto a outro lugar social, no caso os grandes centros urbanos, dentre outros
aspectos que nos ajudassem a perceber as representações da morte construída por Rachel de
Queiroz em O Quinze. Por fim, destacamos que a construção da figura do sertanejo, assim como a
construção do que era os sertões percebido pela autora, estava sobre a égide de um projeto
modernista discutido por volta de 1930. E que as vegetações, a saga das famílias sertanejas na fuga
da seca e das mazelas trazidas por ela, a vivência das famílias sertaneja independente da classe
social trazia em seu enredo um signo de morte, propagados pela literatura regionalista marcando
assim a referida autora.