Glécia Morgana da Silva Marinho*
morganamarinho@edu.unifor.br
Como parte exógena de nossa sociedade, a prisão desponta como dispositivo indispensável para a compreensão da mesma. Daí a necessidade da Historiografia dispensar-lhe a devida atenção. A troca cultural entre estas instituições e o além-cárcere é uma constante, fazendo com que cada um dos espaços reflita e seja refletido no outro. A feminilidade existente na sociedade atravessa os muros e impõe necessidades as detentas do IPF DAMC. Resultado disso são as práticas de pedágio e motim, ocorridas no período entre 2000 e 2004, utilizados para garantir "necessidades básicas" da mulher contemporânea, mesmo atrás das grades. Este trabalho tem como objetivo analisar esta relação entre feminilidade e práticas ilícitas dentro do IPF DAMC, tendo as fontes orais como principal mecanismo. Também foram utilizadas matérias veiculadas pelo jornal O Povo.
*Pós-graduanda em História do Brasil (Inta), Direito e Relações Internacionais (Unifor) e Direito Constitucional (UCM) e Doutoranda em Ciencias Jurídicas pela Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA).