No atual contexto da educação escolar brasileira, a obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica se dá através da Lei Federal 10.639/03. O estudo de história envolvendo a temática das relações étnicorraciais no Brasil possibilita uma fuga do isolamento do presente, quando compreendemos os antecedentes de tal debate em nosso país. Desta forma, considerando a obrigatoriedade da implementação da Lei 10.639/03; compreendendo o lugar que ocupamos como professores; e mesmo, atentando-nos para os conteúdos das novas diretrizes educacionais e para o próprio Estatuto da Igualdade Racial, quando menciona a necessidade da efetivação da igualdade em nosso país, acreditamos na pertinência de tal temática. Os professores da educação básica, especialmente de Quixadá, vêm constituindo, desde o primeiro semestre de 2015, um rico debate acontecido semanalmente na Feclesc/ UECE que mescla as experiências dos docentes em sala de aula e as leituras mais novas sobre a historiografia que trata de temas como: termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil; a questão política do mito da democracia racial e cidadania no Brasil; o não-dito racista; currículo e escola; bem como, sobre o debate constitucional referente as ações afirmativas em nosso país. É exatamente sobre um pouco dessas experiências de extensão universitária e debates com professores(as) da educação básica que gostaríamos de compartilhar.