Dom Helder Câmara, nascido em Fortaleza, ficou conhecido nacional e internacionalmente, principalmente por conta de seu episcopado na Arquidiocese de Olinda/Recife-PE, que foi de 1964 a 1985 e esse conhecimento se deveu por conta, sobretudo, pelo seu trabalho com os pobres das periferias. Teve um trabalho que envolveu muitos setores da Igreja e da sociedade. E isso já vinha sendo uma de suas marcas durante o Concílio Vaticano II (1962-1965), em que teve participação importante, apesar de não ter feito nenhum pronunciamento aos padres conciliares, mas, por meio de cartas circulares, exprimiu suas opiniões, e, por conta de sua influência e amizade com os Bispos de Roma (primeiro João XXIII e, depois, Paulo VI) os fez conhecer seus pensamentos. E próximo do fim do Concílio, Dom Helder assinou o Pacto das Catacumbas, documento que visava uma aproximação ainda maior da Igreja com os pobres. Dom Helder, apesar de não ter levado para si os holofotes, pode-se considerar que foi um dos membros eclesiásticos mais importantes do Concílio Vaticano II, que, indubitavelmente, foi um dos eventos de maior transformação na história bimilenar da Igreja Católica.