RELAÇÕES DE TRABALHO NO CARIRI CEARENSE: ESCRAVIDÃO, CAMPESINATO E O TRABALHO “LIVRE” (1855-1872)

HUGO EDUARDO DAMASCENO CAVALCANTE

Co-autores: MARIA IVANDA DA SILVA e DARLAN DE OLIVEIRA REIS JUNIOR
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo analisar as relações de trabalho entre a classe escrava, a camponesa e a "livre" no Cariri cearense, região do extremo-sul do Ceará. Sob o discurso de "oásis de sertão", a classe senhorial tentava atrair trabalhadores para as terras da região, onde a maioria das atividades do período era ligada ao mundo rural. Usando de diferentes formas de disciplinarização e controle social, controladas pelo aparato estatal e a classe senhorial a partir dos jornais, do trabalho, da legislação, das relações patriarcais e até mesmo da própria legitimação da escravidão, o exercício da hegemonia senhorial era assegurado graças as diferentes formas de opressão. A pesquisa, inserida no campo da História Social Agrária, pretende discutir temas ligados ao trabalho, terra, formas de resistência, assim como as formas de controle social e os conflitos gerados a partir disso. Fomentada pela FUNCAP (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico), a pesquisa que se encontra em andamento, faz parte do projeto de iniciação científica intitulado "Mundos do trabalho: escravidão, campesinato e o trabalho "livre" - o Cariri cearense (1830-1880)". A pesquisa se estabelece metodologicamente a partir da leitura, discussão e o levantamento de dados de diversas fontes como jornais, processos criminais e civis, disponíveis no Centro de Documentação do Cariri - CEDOCC, vinculado a Universidade Regional do Cariri - URCA.