O presente trabalho apresenta um a análise sobre como foram noticiados na imprensa cearense os ataques atômicos nas cidades japonesas Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respectivamente. Buscamos ao longo deste trabalho apresentar uma análise de como a sociedade fortalezense vivenciava os terrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, mostrando todo o clima de pavor com as notícias das atrocidades cometidas pelo nazista, bem como o sentimento de representatividade advindo da participação dos expedicionários cearenses no decorrer do conflito. Procuramos expomos todo o sentimento de admiração que os periódicos cearenses demonstram com relação a utilização da bomba atômica. Retratando o novo invento bélico como algo poderoso, de um poder destruidor sem igual, capaz de destruir toda uma cidade com apenas uma bomba. Aliado a esse sentimento de medo como o poder destruidor haviam, os jornalistas viam a energia atômica como algo capaz de melhorar a vida da sociedade em níveis magníficos, tais como ser capaz de deixar a humanidade independente do sol graças a sua capacidade de gerar energia. Por fim, demonstramos como os ataques atômicos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki são pouco lembrados pelos jornais cearenses ao longo do recorte temporal de dez anos, de 1946 a 1955.