A GUERRA FRIA E A POSSIBILIDADE DO EXTERMÍNIO NUCLEAR NAS CANÇÕES: DESTRUCTION PREVENTER, PARANOIA NUCLEAR, TOM & JERRY, NO NUCLEAR WAR E MASTERS OF WAR.

LEONARDO VIEIRA MELO

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

Leonardo Vieira Melo
leovmelo21@gmail.com

A Guerra Fria e a possibilidade do extermínio nuclear nas canções: Destruction Preventer, Paranoia Nuclear, Tom & Jerry, No nuclear war e Masters of War.


O Objeto de estudo deste trabalho concentra-se em um dos conflitos mais duradouros de todo o século XX e um dos capítulos mais turbulentos da história da diplomacia mundial, a Guerra Fria (1945-1991). A estrutura criada a partir da emergência das duas potências protagonistas do embate (EUA e URSS), da atmosfera de disputas políticas, ideológicas, culturais, sociais e, sobretudo, bélicas e das ações derivadas da tentativa de amalgamar o máximo de aliados o quanto fosse possível afetou sensivelmente os mais diversos estratos sociais e marcou profundamente a vida de bilhões de pessoas, não somente a vida social, mas também a cultural. As diversas produções intelectuais e culturais também dialogaram com o período em que se inscreveram. Dessas produções, a música atuou de forma intensa como propagadora de opiniões, como veículo de protesto, como um meio de externar angústias e imaginários coletivos e eternizou em diversas canções problemáticas e reflexões pensadas a partir da Guerra Fria e no próprio período da Guerra. Hoje na grande quantidade de canções que falam dos mais variados temas inseridos no contexto do conflito reside uma gama de fontes que revelam muito sobre o período. Pretendo através das canções: Destruction Preventer (Sonata Arctica), Paranoia Nuclear (Ratos de Porão), Tom & Jerry (Os Replicantes), No nuclear war (Peter Tosh) e Masters of War (Bob Dylan) questionar as visões a respeito da Guerra Fria e da possibilidade de um conflito nuclear que foram evidenciadas a partir delas. No entanto, as músicas que se propuseram a falar sobre a Guerra Fria e dos seus mais variados aspectos não se limitaram a um estilo ou a uma estética, do samba ao punk rock o conflito fora abordado por diversos sujeitos, portanto, o procedimento metodológico usado procura refletir também a partir da realidade desses sujeitos e do próprio local de produção destas canções, seguindo as orientações do professor Marcos Napolitano: "aliando ‘Texto' ao ‘Contexto' para que a análise não se veja reduzida, reduzindo a própria importância do objeto analisado" ( Napolitano, 2005) e assim o trabalho tenha um direcionamento que consiga contemplar as diversas camadas inseridas nessas obras e as relações diretas destas camadas com o período estudado.