Nos primeiros escritos alencarianos trazidos à lume nas folhas da imprensa da Corte nacional entre os anos de 1851 e 1854, encontramos as primeiras idéias claras dos conceitos de História e de Memória propostos por José de Alencar e de fundamental importância para a reta interpretação de seus escritos, uma vez que são categorias fulcrais de um método muito particular de (re)construção do passado nacional promovido pelo Romancista. Compreendendo a tipologia e o locus histórico de nossa fonte basilar, buscamos contribuir para o debate em torno dos jornais como espaços profícuos da construção do saber e da circulação de novidades conceituais e, para tanto, refletimos sobre a lógica específica da lida jornalística em voga no Brasil oitocentista. Por fim, tomando por base a vivência sócio-política do autor, julgamos poder contribuir para aclarar e atualizar o debate em torno das relações entre homens de letras, lida jornalística e historiografia.